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O autocarro

Segunda-feira, 03.03.08
Mais uma vez, de volta a Salamanca. Mais uma semana que começa, e provavelmente mais uma quinzena de dias sem voltar a casa… Tal como me preveniram ao início, agora custa sair de casa. Custa pensar que no dia seguinte já não durmo no meu quartinho, custa pensar que já não vou ter a comida da mãezinha, custa despedir-me de tudo e, sobretudo, de todos. Salamanca continua a fascinar-me como cidade, o curso também mas… algo mudou. Talvez aquela euforia inicial que sentia. Isto faz-me lembrar as teorias antropologistas que dizem que a paixão apenas dura 18 meses e os benefícios que isso nos traz – seria horrível passar “anos e anos na montanha russa do amor”. Tentando estabelecer um paralelismo, também essa euforia teve de acalmar. Nem que não acontecesse espontaneamente, os exames encarregar-se-iam de o fazer.
Ontem, mais uma vez lá passei uma horinha no “autobus” entre duas cidades espanholas, o meu trajecto habitual aos domingos.Rotina minha e da maioria dos universitários. Com o autocarro, sempre mantive uma relação de amor-ódio. Gosto de viajar e de poder apreciar com calma a paisagem, de ver todos os locais pelos quais passo, de ver todas aquelas pessoas… Mas por outro lado tenho sempre a sensação que ou as malas ficam na estação ou me esqueço delas, ou alguém as leva por engano, ou fico eu na estação (nas viagens longas quando há paragens), depois há o transtorno de ir muito tempo sentada…
Bem, mas quase sempre há histórias para contar. Domingo à noite, apenas  passo uma hora no autocarro: é ver todos os estudantes carregados de malas – tal como eu –comprar bilhetes a correr, acotovelarem-se nas filas para entrar, irem em grupos contando o que se passou durante a semana (isto pelo que eu compreendo entre as minhas conversas, o mp3 e a rápida conversação que eles levam), alguém a falar ao telemóvel e que faz pública a sua conversa para os 50 passageiros, ou eu própria carregada de sacos tentando passar pelo estreito corredor enquanto me desdobro em 1001 “perdón”.
À sexta-feira, que julgo se está a tornar o meu dia favorito da semana, vamos de regresso durante 2h30.Esperamos meia hora numa estação (onde surgem figuras insólitas como homens que surgem na casa-de-banho feminina ou procurar um balcão de venda de bilhetes que afinal se conclui não existir) e depois tomamos um autocarro que pára na fronteira. O motorista já nos conhece como as “señoritas portuguesas” e a maioria das vezes somos apenas nós, as estudantes portuguesas que chegamos ao fim do trajecto. Lá vai o autocarro de 50 lugares a ecoar as nossas conversas. Claro que enquanto está cheio há situações do mais diverso possível: entre um miúdo de 10 anos a meter a cabeça entre o meu banco e o da minha colega para nos olhar, ou um bando de 4 rapazes que desatam a rir – com fortes gargalhadas, sem se conterem durante 10minutos, sem exagero – quando começamos a falar entre todas em português, ou passageiros com um forte cheiro a álcool ou de aspecto “sinistro”, gente que se lembra de fazer sessão fotográfica e não dá descanso aos “flashes” durante o trajecto inteiro…
Há mesmo de tudo.
Contudo para mim, a melhor parte da viagem é sexta-feira quando sei que estou perto da fronteira e nesta altura se está o sol a pôr. O autocarro já só nos leva a nós e eu vou ouvindo uma música enquanto vejo o pôr-do-sol e penso: “Lar, doce lar… estou a chegar!”

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Nova vida

Domingo, 23.09.07

Chegou a hora.

Dentro de, aproximadamente, 7 horas estarei a deixar esta casa, esta cidade,...

Sei que voltarei e que não é uma despedida eterna, mas os regressos limitar-se-ão a fins-de-semana ou férias. Ou, quem sabe, talvez um dia, daqui a 6 anos possa voltar. Mas uma coisa é certa: nunca mais será igual. Nunca mais voltarão estes tempos maravilhosos que aqui passei, deixando as memórias gravadas em cada recanto.

Sinto uma profunda tristeza. Se já antes me custava deixar a minha casa por um breve período de férias, imaginem neste caso... Sei que me apego de mais às coisas mundanas. Talvez esta etapa constribua para mudar. Hei-de mudar, com certeza. Todos mudam, todos crescem, todos aprendem, erram mas depois aprendem a corrigir (ou pelo menos assim deve ser com os nossos erros).

De certo irei ter momentos tristes, mas conto também com momentos de felicidade. E momento difícieis... mas que com certeza valerão a pena daqui a uns anos - se tudo correr bem.

 

Hoje foi um dia de despedidas, de lágrimas,... Mas esta não é uma despedida.

Felizmente, manter o blog é possível em qualquer parte do mundo.
Peço a paciência de todos que aqui vêm regularmente, pois não sei se poderei escrever nos próximos tempos; não por falta de tempo, mas porque ainda não terei acesso à internet. Logo logo tentarei tratar disso.

E agradeço a todos que apesar destes últimos meses complicados em que se tornou difícil actualizar o Baú não deixaram de visitar e comentar. Foram meses de trabalho, de tristezas e de esforços, mas que agora, e pelo menos estes, estão a dar fruto.

Obrigada.

 

Até à próxima,

lá por terras de Salamanca.

 

Um abraço a todos

 

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Dias aborrecidos...50/50

Segunda-feira, 05.02.07
Olá caros bloguistas!
Eu sei que este espaço tem andando um pouco desactualizado, mas entendam que não é por mal nem por falta de vontade – e sim de tempo. Mais uma semaninhas e tudo volta a acalmar. Depois chega o tão aguardado Carnaval! Como estou a precisar de férias… Podem pensar que todos os estudantes dizem isso e que tenho boa vida, mas acreditem que estou mesmo a precisar. Este ano está a revelar-se dos mais cansativos e “stressantes”. Muita pressão, mesmo. Isto apesar de ter só 5 disciplinas (nem imagino como faziam antes os alunos de 12.º) mas o que também faz com que todos os professores julguem que temos muito tempo livre… – é óbvio que isso acarreta consequências.
Entre tudo isto e apesar de ter teste de matemática quinta-feira consegui arranjar um tempinho este fim-de-semana para me divertir. Finalmente!
Não tenho por hábito sair à noite frequentemente: aprecio imenso o conforto da minha casinha, ficar no computador ou ver um bom filme ao quentinho, do que sair pela noite fora ao frio… Claro que no verão é outra coisa e sabe bem estar na rua, num terraço, etc.
Mas, mesmo no Inverno, sabe bem sair para nos divertirmos quando há uma ou outra ocasião especial ou interessante. Apesar de não ser o caso, combinei com amigos uma saída sexta-feira à noite. Correu bem. Fui a um bar que apesar de ser famoso eu ainda não tinha ido. Lembrou-me o ambiente cubano. Com karaoke, boa iluminação, gente bem disposta, pista de dança valeu uns bons momentos: uns bons pezinhos de dança ao som da mais variada música! Não escondo que delirámos quando passaram aquela música, que todos devem conhecer, “Bomba”, dos King Africa. Julgo que foi o sucesso do verão de 2000, não? Deve ter sido por aí perto, lembro-me perfeitamente da loucura que foi: Em todos os sítios passavam essa música! Óptimo relembrar! :)
Claro, a noite prolongou-se, não até muito tarde, e deu para descomprimir e libertar-me um pouco deste stress. Dizem que dançar faz bem à alma. Ó se faz! E eu que o diga, já que ultimamente tenho andado interessada em todo o tipo de danças. É bom dançar numa discoteca ou música contemporânea mas também é fantástico dançar num baile ou uma salsa, um tango e até ballet.
Apesar do fim-de-semana ter passado bem (e Sábado de pouco rendeu visto que não fiz nada) domingo foi para esquecer. Deve ser de não ver o sol! Desavenças com os meus pais, os testes, continuar sem ter o meu desejado piano e ver que Fevereiro vai passar muito rápido deixaram-me abatida. Sabem o que me apetecia? Mesmo, mesmo? Entrar num avião, desaparecer até à Nova Zelândia (sim, no outro extremo do mundo e com paisagens lindíssimas) e ficar lá até me passar tudo, até pôr as ideias em ordem.
Ainda hoje comentei que não me importava de fazer um Gap Year. Para quem não sabe é algo que se tem vindo a tornar famoso em Inglaterra e nos E.U.A. Consiste em, depois de concluir o ensino secundário, tirar um ano para fazer voluntariado, um trabalho pago ou simplesmente nada; a maioria das vezes no estrangeiro – isto permite, durante esse ano, pensar sobre a vida, o rumo a tomar, etc.
Penso que é mesmo disso que estou a precisar, mas sei que não teria coragem para “desperdiçar” um ano da minha vida. É muito tempo.
Apetecia-me ir estudar para longe. Não sei se Espanha o será suficientemente.Com França, já estou demasiado familiarizada. O que me apetecia mesmo era Inglaterra. Uma nova cultura, gente diferente, grandes universidades, falar inglês… Neste momento, essa perspectiva surge-me fantástica, mas os meus pais não estão de acordo e pensam que Espanha já é suficiente para a licenciatura. Dizem eles que Inglaterra é para se tirar um mestrado ou doutoramento.
E aqui fico eu. Chateada, farta, sempre no mesmo. Preciso mesmo de mudar de ares. E pensava eu em ficar a viver aqui para sempre? Ah, penso que muito pouco resta dessa ideias inicial. Apenas os meus pais e recordações um dia me prenderão aqui e mesmo isso ainda poderá mudar.
Eu aviso quando me mudar!
Até lá, vão lendo os próximos posts!
P.S.: Bem, Sábado ainda fiz alguma coisa...Vi dois filmes "O Diário da Princesa 2: Noivado Real" e "Orgulho e Preconceito". Adorei o segundo, aconselho a todos que gostem de história ou de um bom romance. É adaptação para o cinema do livro "Pride and Prejudice" ("Orgulho e Preconceito") de Jane Austen. Um filme com uma óptima imagem, uma óptima banda sonora e fantásticos actores!
Fiquei com vontade de ler o livro! :)

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Ilusões

Terça-feira, 21.11.06
"Uma modelo, natural do Brasil, faleceu, vítima de anorexia. "
Quando ouvi esta notícia fiquei de imediato com vontade de escrever aqui sobre ela. Penso que este caso não passou despercebido à maioria das pessoas. Não é o primeiro caso semelhante que ouço, mas quando se trata de alguém famoso, como uma modelo, o assunto salta para as luzes da ribalta. Todos os anos um elevado número de jovens é vítima de anorexia ou distúrbios alimentares - e não são só raparigas, visto que também há casos de rapazes, embora sejam em muito menor número. E isto devido a quê? À moda.
É incrível como algo pode ter uma influência tão grande nas pessoas. Cada vez mais se assiste a distúrbios alimentares como anorexia ou bulimia, ou até sentimentos de tristeza porque não se atinge o peso ideal ou porque alguém chamou uma rapariga de “gorda”. É uma situação muito vivida no universo feminino, sem dúvida. Todos gostamos de nos sentir bem com o nosso corpo, mas isso não implica o que fulano ou fulana pensem de nós. O importante é sentirmo-nos bem e saudáveis. Claro, isso não significa de modo algum comer tudo o que aparece à frente porque é bom, nem deixar de comer só para caber num vestido quatro tamanhos abaixo para uma tal festa.
É incrível reparar nas capas das revistas de moda, nos manequins das montras e ver que exibem tamanhos muito, muito reduzidos. O que acontece é que, principalmente, os adolescentes deixam influenciar-se por essa onda e procuram atingir o “corpo perfeito” não pensando nos problemas que isso poderá causar, e, ainda por cima,  tentam impingir esse pensamento aos restantes amigos. Vejamos o caso da modelo que faleceu. Para uma altura de 1.70m (mais do que isto) pesava apenas 40kg!! Que exemplo são estes modelos? Modelos? Isso não é algo que deve ser seguido? Então porque não são modelos correctos? Pensem pelo menos nos jovens!!
Pessoalmente, sempre fui alguém que nunca gostou de comer. Sempre fui muito esquisita – não tem nada a ver com dietas... Mas estive à beira de ter problemas por causa disso. Então e poder tê-los por uma moda?
Sempre que vou ao cemitério, vejo ao lado a sepultura de uma jovem que faleceu devido a anorexia. A mãe certa vez contou-nos que ela se achava constantemente gorda, começou a fazer dietas, dietas, e agora? Sofreu, faleceu e aqueles pais, resignam-se numa vista ao cemitério. O mesmo acontecerá com o caso da modelo. Outros poderão não falecer mas ficar anos numa cama de hospital, ou medicados para a vida.
É triste ver no que o mundo se tornou: uma fábrica de sonhos. Sonhos ilusórios.

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Cricri: the return! :)

Quinta-feira, 26.10.06
Ah, caros visitantes e amigos… Yes, I'm alive!
O meu tempo tem andado completamente ocupado…e, infelizmente, não o consigo esticar! (Se alguém souber, please...) Cheguei à conclusão que o meu dia precisa de pelo menos 26 horas! Talvez aí conseguisse ter algum tempo livre… Desculpem ter mantido o blog desactualizado, mas há momentos em que é mesmo impossível! Esta semana foi um deles!
            Como já repararam começaram os testes. Para começar mesmo em beleza: matemática. Maravilha, matemática de 12.º ano. Felizmente este ano só tenho 3 testes. Assim sendo, resta português e biologia. Aí já estou mais à vontade!
            Depois como repararam, com certeza, este tempo nem dá vontade de fazer nada. Para estes lados um fim-de-semana inteiro a chover (se não morasse numa encosta, ter-me-ia assustado!) Mas nem dá sequer vontade de escrever alguma coisa…
            Bem, uma novidade: já tinha falado aqui sobre algumas ideias quanto ao ensino superior… Inscrevi-me num curso de espanhol! Comecei esta semana, é um curso de preparação a exame, mas está a revelar-se um pouquinho confuso…Mas com vontade vai-se lá! Ainda para mais para quem gosta de ser poliglota! :)
            Mas à parte disto, e explicada a minha ausência…Queria falar um pouco sobre um assunto… Como dizer…Talvez amizades virtuais!
            Ultimamente tenho andado “sintonizada” neste tema. Quer dizer… Criei este blog e já aqui conheci gente espectacular! Depois da febre da Trilogia da Herança, resolvi inscrever-me num fórum, desse tema, e estou a adorar. Gente fantástica. Este é um meio completamente diferente da ida real, não haja dúvidas! Não conhecemos as pessoas, mas no entanto falamos com elas, como se falássemos com um amigo! E ás vezes até melhor que com os amigos..!
            Mas é estranho. Não sabemos quem está do outro lado e se essa pessoa é mesmo/pensa como aquilo que escreve e no entanto, somos capazes de lhe confiar muitas coisas! E às vezes pessoas que conhecemos há anos, não lhe confiamos metade…É curioso, não? Bem, não é que seja muito adepta de falar com “desconhecidos” mas, para já, não me arrependi dos conhecimentos que fiz… Lembro-me de ter 10 anos e frequentar salas de chat (não, ainda não tinha msn messenger!) e dizer que tinha 12 anos! Sim, porque toda a gente tinha a partir de 16, mais ou menos, e eu sentia-me grande dizendo que tinha 12 anos! Mas os chats eram muito impessoais! Conhecia-se alguém, falava-se um pouco e, muito provavelmente, nunca mais se via! Agora é só msn, o que é muito mais pessoal… Nem sei se será tão bom, no caso de desconhecidos, mas também basta bloquear um contacto, caso não se aprecie!
Bem, isto tudo só para reflectir um pouco sobre este tema que me tem dado muito que pensar!!
Hoje fico por aqui…Desculpem, não sei se este post tem alguma coerência, mas não estou com grande ânimos para andar a ler esta conversa toda… Obrigada a quem o tenha feito… e se digne a visitar este blog ouvindo estes desabafos e pensamentos, embora por vezes sem lógica nenhuma…
 
Até ao próximo post e que não demora assim tanto!! :)

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O Ópio do Povo

Domingo, 15.10.06
          Certa vez, por volta do meu 7.º ano, li que a Religião era o Ópio do Povo. Bem, talvez tenha sido em tempos… Servia como consolo para o povo, mas era uma religião sufocante, ríspida e autoritária. Refiro-me mais aos finais do século XIX. Quem já leu “A Relíquia” ou “Os Maias” de Eça, com certeza se apercebeu disso. Dessa religião presente na “Titi” e no nas parentes do “Eusébiozinho”.    
            Se antes a religião católica era vista por muitos como a única saída, e o mais importante das suas vidas, hoje, penso que se está a chegar ao oposto.
            Quem está a ler este post não pense, por favor, que estou a fazer propaganda religiosa (detesto que mo façam, não o faço aos outros) ou que goste daquele tipo de catolicismo praticado há um século atrás… “A Relíquia” até me custou a ler devido a isso.  
            Mas é incrível como o número de cristãos (praticantes) tem vindo a diminuir, enquanto que muçulmanos é só ver a crescer! Só não consigo perceber uma coisa: na religião muçulmana é exigido uma série de sacrifícios e eles ainda assim, fazem-no (não entendam isto como uma crítica) e na religião católica, que é tão aberta (bem, também depende…conforme os papas…) há cada vez menos seguidores.
            Bem, esta reflexão toda porquê? Não sei se já repararam, sou católica (embora me interesse por todas as religiões – adoro aprender sobre cada uma delas – mas os meus pais são católicos, logo, eu também). E gosto da minha religião, excepto a Igreja – tenho sempre a sensação que é um bando de oportunistas em volta da religião. Admirava apenas João Paulo II, então agora, padres e gente parecida não me cativa muito. Mas como sou praticante, e tenho os sacramentos, convidaram-me para ser catequista. Já havia dado catequese há dois anos atrás e agora voltei a aceitar.
            Fiquei com boas recordações do ano que dei catequese. Fiquei com o 1.º ano, e tinha como objectivo ensinar as crianças a verem Jesus como um amigo, como alguém que está pronto a dar-lhes a mão e a criança ter os primeiros contactos com a religião. Foi muito bom, é preciso uma paciência tremenda, mas o resultado é compensatório. Além disso há a oportunidade de começar a desenvolver os bons aspectos morais nas crianças – e isso é que faz falta no dia de hoje. Gente com moral.
            Este ano fiquei com o 2.º ano de catequese (é preferível pois já sabem ler e dá para fazer uma catequese mais interactiva com jogos, cartazes, colagens…), são à volta de 20 crianças, um bom número. Há dois anos tive 32 crianças! Nesse aspecto foi horrível! Estão a imaginar, com 15 anos, ter que tomar conta de 32 crianças sozinha? Nem sabia para que lado me havia de virar!
            Mas depois deste discurso, onde que queria chegar é o seguinte: até ao 3º ano de catequese, o número médio de crianças, por cada ano é aproximadamente 25. A partir do 3.º ano, o número baixa talvez para 10. Uma grande diferença. Isto tudo porque no 3.º ano se faz a Primeira Comunhão. O problema é que os pais (a maioria) levam as crianças à catequese só para poderem fazer uma grande festa e comprar aqueles fatos todos bonitos às crianças. Tanto lhes faz se aprendem ou não. O que interessa é que a festa corre bem! Ora, festas podem fazê-las todos os dias, para quê mandar uma criança à catequese e depois de fazer a Comunhão não a deixar mais ir?  Agora lembrei-me de uma frase de Jesus: “Deixai vir a mim as criancinhas pois delas é o Reino dos Céus.”
Às vezes os pais são ainda mais inconscientes do que as crianças…
 
Bem, obrigada por me aturarem, e espero que não tenham ficado com uma má impressão minha…

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"Eles" mandam!

Quinta-feira, 07.09.06
É incrível como o ser humano está dependente de coisas que ele próprio faz! E claro, eu não escapo à regra. Depois de andar a instalar coisas vindas não sei de onde eis que o meu computador se desliga (sozinho!). Tento ligar e ao iniciar o Windows desliga-se…É insuportável! Bem liguei e desliguei uma centena de vezes e já estava a ver tudo o que tinha no computador perdido, outra vez! Visto que em meio ano me aconteceu 2 vezes! É quase para desesperar, mas bem, andei para aqui a mexer em modo de segurança e consegui!
 Bem, mas é incrível a diferença que um computador me faz! A ideia de ficar um dia sem acesso aos filmes, às músicas, à Internet é para mim horrível! Ainda bem que se resolveu mas é verdade que estamos muito presos aos objectos. Pergunto-me como faziam antes as pessoas… Hoje, basta faltar a luz durante uma hora não dá para fazer nada! Então se for à noite é mesmo para esquecer…Não há luz, não há televisão, frigorífico, rádio, não há computador e não se pode ler nada porque não há candeeiros! Se o carro tem uma avaria, já se chega atrasado ao destino, se reparamos à última que o telemóvel não tem bateria também, se o gasóleo do aquecimento congela no Inverno também é um drama, ou se falta a meio de um banho…uma série de coisas que nos afectam a vida e o humor de forma significativa mas que são mínimas. Mas há coisas ainda bem mais pequenas que me chamou a atenção no fim-de-semana: basta ir às compras cedo e comprar uma caixa de gelados, já se tem que ir logo a correr em direcção ao congelador senão os pobres desaparecem! Já não se pode ir passear um pouco mais ao sábado de manhã por causa de uma de gelados!
Se isto continua assim, daqui a uns anos teremos que pedir permissão aos objectos para fazer seja o que for!

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Como água e azeite

Quinta-feira, 10.08.06
Bem, cada vez mais chego à conclusão que estou “dividida”… entre uma parte clássica e uma parte, chamemos-lhe…prática! Em relação ao meu futuro, metade de mim chama para línguas, jornalismo, arte….a outra metade chama para veterinária, biologia, e coisas do género…Na vida: igual! Adoro casas antigas, remodeladas, o campo, locais com história, …adoro novas tecnologias, inovações, o “Futuroscope”, moda… Adoro jogar computador (depende dos jogos…), ir ao cinema, DVD’s telemóveis 3G, aproveitar o conforto de casa…Adoro ler, tocar piano, pintar,desenhar, escrever, respirar ar puro…Às vezes penso que estou dividida entre um lado saudável e outro sedentário e comodista. Engraçado que o lado saudável está ligado à parte “clásssica” e antiga, o comodista ligado à parte “prática” e contemporânea…Só para ver o que nos traz o futuro…Pelo menos a mim!
            Bem, se no início das férias estava mais ligada à parte “prática”, (já que passava os dias junto ao computador) depois do retorno tenho estado mais virada para a parte clássica. E tenho-me sentido muito mais…em férias! Tenho-me levantado às 9h da manhã (bem, mas isso é mais obrigação…), mas tem-me sabido muito bem! Depois de tomar o pequeno-almoço e logo pela fresquinha vou… pintar! Que bom tem sido! Estar no meu jardim logo de manhãzinha a pintar. Já há muito tempo que não o fazia – 2 anos… Já quase nem me lembrava que os meus pincéis e telas existiam! Mas está a ser óptimo! Á noite tocar a “Sonata ao luar” nestes dias de lua cheia e procurar no céu estrelas cadentes*…É mesmo muito bom! Pelo menos sinto que faço alguma coisa de útil e não fico um dia inteiro em frente ao computador ou à televisão…
            Isto sim, são férias!!
 
* Bem, para quem não sabe, por volta do dia 10 de Agosto ( e que se estende até por volta de dia 13…) há uma “chuva de estrelas-cadentes, porque a terra atravessa a órbita de um cometa (que não sei o nome)… O ano passado consegui ver uma no dia 12 de Agosto. Espero que este ano se repita. Já sabem: se virem uma, peçam um desejo!
 
Boas férias!

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A crueldade do ser humano

Quinta-feira, 10.08.06

A propósito de um post no blog Carpe Diem!, resolvi pubicar aqui este mail que recebi. Porque cada vez mais estas situações acontecem, está na hora de as fazer parar...

 

                  DIÁRIO DE UM CÃO

1ª semana
Hoje completei uma semana de vida. Que alegria ter chegado a
este mundo!

1 mês
A minha mãe cuida muito bem de mim. É uma mãe exemplar!


2 meses
Hoje separaram-me da minha mãe. Ela estava muito irrequieta e,
com seu olhar, disse-me adeus. Espero que a minha nova família  humana" cuide tão bem de mim como ela o fez.

4 meses
Cresci rápido, tudo me chama a atenção. Há várias crianças na casa e para mim são como "irmãozinhos ". Somos muito brincalhões, eles puxam-me o rabo e eu mordo-os na brincadeira.

5 meses
Hoje deram-me uma bronca. A minha dona ficou incomodada porque fiz  xixi dentro de casa. Mas nunca me haviam ensinado onde deveria fazê-lo . Além do que, durmo no hall de entrada. Não deu para aguentar!!!

8 meses
Sou um cão feliz! Tenho o calor de um lar; sinto-me tão seguro, tão protegido...
Acho que a minha família humana me ama e me dá muitas coisas.
O pátio é todinho para mim e, às vezes, excedo-me, cavando na
terra como meus antepassados, os lobos quando escondiam a comida. Nunca me educam...
Deve ser correcto tudo o que faço.

12 meses
Hoje completo um ano.
Sou um cão adulto. Os meus donos dizem que cresci mais do que eles esperavam.
Que orgulho devem ter de mim.

13 meses
Hoje acorrentaram-me e fico quase sem poder movimentar-me onde
tem um raio de sol ou quando quero alguma sombra. Dizem que vão-me observar e que
sou um ingrato.
Não compreendo nada do que está a acontecer.

15 meses
Já nada é igual... moro na varanda. Sinto-me muito só. A minha ”mãe humana" já não me quer! Ás vezes esquecem-se que tenho fome e sede. Quando chove, não tenho tecto que me abrigue...

16 meses
Hoje tiraram-me da varanda. Estou certo de que a minha família me perdoou.
Eu fiquei tão contente que pulava com gosto. O meu rabo parecia um ventilador. Além disso, vão levar-me a passear!!

Dirigimo-nos para a estrada e, de repente, pararam o automóvel.
Abriram a porta e eu desci feliz, pensando que passaríamos o nosso dia no campo.
Não compreendo porque fecharam a porta e se foram.

Ouçam, esperem!" Ladrei... esqueceram-se de mim...
Corri atrás do carro com todas as minhas forças. A minha angústia crescia ao perceber que quase perdia o fôlego. Eles não paravam. Haviam-me esquecido!

17 meses
Procurei em vão achar o caminho de volta ao lar. Estou só e sinto-me perdido!

No meu caminho existem pessoas de bom coração que me olham com
tristeza e me dão algum alimento. Eu agradeço-lhes com o meu olhar, desde
o fundo da minha alma.
Eu gostaria que me adoptassem: seria leal como ninguém! Mas apenas dizem: pobre cãozinho, deve ter-se perdido."

18 meses
Um dia destes, passei perto de uma escola e vi muitas crianças
e jovens como os meus "irmãozinhos" aproximei-me de um grupo e um deles, rindo, atirou-me
uma chuva de pedras "para ver quem tinha melhor pontaria".
Uma dessas pedras, feriu-me o olho e então, não vejo com ele.

19 meses

Parece mentira. Quando estava mais bonito, tinham compaixão de mim. Já estou muito fraco; meu aspecto mudou. Perdi o meu olho e as pessoas mostram-me a vassoura quando pretendo deitar-me numa pequena sombra.

20 meses
Quase não posso mexer-me! Hoje, ao tentar atravessar a rua por onde passam os carros, um acertou-me! Eu estava no lugar seguro chamado "passeio ", mas nunca esquecerei o olhar de satisfação do condutor, que até se vangloriou por acertar-me

.Oxalá me tivesse matado! Mas só me deslocou as patas traseiras!

A dor é terrível!

As Minhas patas traseiras não me obedecem e com dificuldade arrastei-me até a relva, na
beira do caminho.
Faz dez dias que estou debaixo do sol, da chuva, do frio, sem
comer. J
á não posso mexer-me!
A dor é insuportável! Sinto-me muito mal, fiquei num lugar húmido e parece que até o meu
pêlo está a cair.

 Algumas pessoas passam e nem me vêem; outras dizem: "não te chegues perto!"

Já estou quase inconsciente; mas alguma força estranha me faz abrir os olhos.

A doçura de sua voz fez-me reagir. "Pobre cãozinho, olha como te deixaram",
dizia...

Ela estava jutno a mim levou-me a um senhor de avental branco. Começou a tocar-me e disse: "Sinto muito senhora, mas este cão já não tem remédio. É melhor que pare de sofrer".

A gentil senhora, com as lágrimas rolando pelo rosto,
concordou. Como pude, mexi o rabo e olhei-a , agradecendo-lhe que me ajudasse a descansar. Somente senti a picada da injecção e dormi para sempre, pensando em porque tive que nascer se ninguém me queria.

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Vida de cão...

Sábado, 15.07.06

Às vezes ponho-me a pensar: definitivamente, na minha próxima vida, quero ser cão! É que não há coisa melhor! Que boa é a vida de cão... Bem é claro que há alguns que não têm motivos para sorrir (se pudessem...) mas a culpa é de pessoas como nós, que não lhes sabemos dar o devido valor. Há muitos cães que nada têm para comer, dormem debaixo de chuva, são pontapeados, enfim..uma desgraça. Mas há outros, que... digam lá!Têm vida de luxo! Vejamos a vida de um cão normal: dorme e levanta-se às horas que quer. Recebem a toda a horas festinhas, miminhos, ..., não trabalha, nem faz nada da vida, e além disso, trabalham outras pessoas para o alimentar! Apesar de ter o equivalente a 30 anos humanos, compram-se-lhe brinquedos, leva-se a passear, compram-se guloseimas, ... Leva-se ao veterinário, que costumam ser bastante caros! E depois ainda se dão ao luxo de entrarem para dentro de casa com as patas sujas de lama, de se sacudirem para o sofá e de destruírem os sapatos preferidos dos donos! E isto para quê? Como diz o meu pai: para seu "bel-plaisir ". acabo de me deparar com a minha cadela deitada no meio do jardim a fitar o horizonte. Acabar de acordar, mas claro (como  mademoiselle  está MUITO cansada!) resolveu deitar-se outra vez e fitar o horizonte... Eu olhei para ela e pensei cá para comigo: Definitivamente, na minha próxima vida, quero ser um cão!E a minha cadela, apesar de eu achar que tem boa vida, ainda é de classe média canina. Senão vejamos bem que há cães que são verdadeiras stars "e que recebem todos os luxos. Vi certa vez, num programa de televisão de dedicado a cães, na Califórnia (bem lá também há de tudo...) uma pastelaria exclusiva para CÃES! Bolos de aniversário para cães, "croissants" para cães, biscoitos para o lanche para CÃES! enfim... E, na mesma cidade, uma loja de artigos caninos com jóias para cães (com o par para a dona, podendo assim estar sempre na moda em parceria com o seu aliado canino), roupas para cães com os mais variados adornos (desde lantejoulas a plumas!), gamelas com jóias incrustadas, cestos que pareciam verdadeiras camas de princesas! Luxo, hein?  Soube também, aqui há tempos, de um multimilionário americano que tinha viajado num jacto alugado para Itália, mas, a meio do caminho lembrou-se que se esquecera do cão! Pois bem, ao aterrar deu ordens para que fossem buscar o se companheiro aos States " de jacto!E claro, a troco de uns quantos dólareszecos , lá foram buscar o jubiloso quatro patas! Digam lá. Com todas estas comodidades, quem não quer ser cão?

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