E já estamos em Junho!
Um dia especial este. Caso tenham reparado, hoje ocorreu uma sequência única de horas minutos, segundos, dia, mês e ano: 02:03:04 de 05/06/07. Aqui há algum tempo encontrei uma página que falava sobre isso, relatando que já o ano passado ocorrera a mesma coisa, e assim será até ao ano 2012 (07:08:09 10/11/12); de qualquer forma tem sido atribuída a este ano uma conotação meia mágica. Tudo pelo número 7, que segundo consta, é o número perfeito. E realmente há coisas muito interessantes sobre ele, umas que já existiam e outras que irão ocorrer este ano: 7 dias da semana/da criação do mundo (na crença católica), 7 cores do arco-íris, 7 pecados capitais – na religião há imensa referência ao 7 – e, na actualidade, a eleição das novas 7 maravilhas do mundo em 07/07/2007, o 7º livro de Harry Potter… Uma sucessão de acontecimentos que rodeiam este número.
Bem, mas ainda estamos em Junho, 6, e o ano novo já lá vai para dissertar sobre o ano “mágico”.
Para mim, Junho significa muita coisa. Férias é a primeira associação que faço a este mês. Cada vez que penso no mês de Junho lembro-me dos textos que costumava ter no final dos livros de língua portuguesa na escola primária. Um deles falava do dia mais comprido do ano, dia 21; e recordo aqueles desenhos de crianças com papagaios ao vento, cestos de piquenique e castelos de areia… Doce sabor a férias! Férias em que a única coisa que tinha a fazer era ler as férias Constância (um livro de férias com textos adequados aos níveis escolares), fazer palácios com as barbies ou ficar até ao fim da tarde a andar de bicicleta e brincar com os vizinhos. E, naqueles melhores dias, ir até ao rio. Idas a rios, praias fluviais e até mesmo à piscina, já não se fazem nem com metade da regularidade daquela altura. As barbies já lá vão e mesmo os passeios de bicicleta escasseiam…Hoje em dia, no verão, à tarde, está um calor insuportável que obriga a fechar as janelas todas da casa – é deprimente com um sol pleno lá fora ter de fazer isto, mas é escolher entre ver o sol à tarde e não conseguir dormis com o, ou não ver o sol e conseguir estar dentro de casa.
Pois, porque na década de 90 não fazia este calor no verão. Era bem mais ameno, e,mesmo parecendo que não foi em 7 anos que o clima mudou…lá isso foi. Esta tarde, sendo o Dia Mundial do Ambiente e porque na disciplina de Biologia estudámos o impacto humano no mesmo, fomos assistir ao documentário “Uma verdade inconveniente” de Al Gore. Já me preocupava com o ambiente antes de ver o documentário, mas tudo o que lá é dito e apresentado faz-nos reflectir sobre tudo o que nós, seres humanos, fazemos para contribuir para a degradação deste planeta, que é único. Vi alguns gráficos que retratavam o aumento dos níveis de dióxido de carbono na atmosfera e de aumento da temperatura nos últimos 65000 anos. É inacreditável. Numa geração humana conseguimos ultrapassar largamente o que não aconteceu nesse longo período de tempo! É mesmo preocupante… Só não consigo entender como é que os americanos não entendem que é fundamental controlar as emissões de gases com efeito de estufa? E que o Protocolo de Quioto serve para ser cumprido e ser aceite? Como é que dois países tão desenvolvidos como Estados Unidos e Austrália não o entendem e não assinam o Protocolo? Principalmente o primeiro que é o país mais poluente… Mas, como sempre, a economia sobrepõem-se a qualquer outro princípio.
Falou-se nos efeitos do aquecimento global e uma das consequências que mais me impressionou foi o degelo das calotes polares. Apresentaram imagens de glaciares há algumas décadas atrás e os mesmos glaciares hoje em dia – em várias zonas do planeta – e ninguém diria que eram os mesmos… Paisagens belíssimas e fundamentais à manutenção do nosso clima estão a perder-se e a maioria de nós assiste a tudo isto de braços cruzados.
Acreditem, vale mesmo a pena ver.
Já sabem, cuidem bem do nosso meio ambiente, nunca é demais lembrar.