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O merecido descanso

Sábado, 16.08.08

 

Estas férias estão um pouco longe de ser o que eu idealizara há algum tempo atrás. Mas até que não me posso queixar muito, as anteriores foram piores…
Depois de quase um mês de exames, em Junho, julgo que nem eu nem os meus colegas conseguíamos acreditar quando ficámos, finalmente, de férias! Iniciámo-las com um jantar de despedida e uma noite fabulosa. E no dia seguinte, como já tanto esperava, regressei a casa. Soube-me maravilhosamente bem! Apesar de tudo, estar aqui, transmite-me um sentimento de segurança único. Afinal de contas: “lar, doce lar”.
No início de Julho fiz o que já havia combinado havia algum tempo, viajar até Madrid. Fui com duas amigas, mas apenas por 3 dias, por isso não deu para visitar tudo o que gostaria, mas bastou para ficar a gostar ainda mais daquela cidade! A minha curta visita em Setembro passado havia-me deixado uma óptima impressão daquela capital, e esta viagem reforçou-a.
Deu então para
dar uma voltinha a pé pela cidade, passear no Parque del Retiro – belíssimo, em pleno coração da cidade (aliás, acho Madrid uma capital muito saudável, limpa, com imensos espaços verdes) 
visitar o Museo del Prado (onde consegui ver o Las Meninas de Velázquez: queria vê-lo a todo o custo porque tinha lido “O Último Papa” na semana anterior, e aquele era o cenário de um dos assassinatos que acontecia no livro),
passar um dia no Parque Warner Bros (como já esperava, foi absolutamente fantástico) e por fim visitar a Bodies the Exhibition – já queria muito tê-la visitado quando estivera em Lisboa. Como não deu, resolvi ir a Madrid. Mas acabou por não se revelar assim tão entusiasmante... Aconselho a todos que possam visitá-la mas a maioria do que vi, já havia visto nas aulas de anatomia. Embora seja sempre enriquecedor, sem dúvida!
Depois dessa viagem, seguiu-se uma cirurgia: coisa pequena (extracção dos 2 dentes inferiores do siso) mas que me valeu 3 noites a dormir no hospital .. Acabou por se revelar, digamos… interessante! Pude visitar o bloco operatório por dentro, sentir os efeitos de uma anestesia geral (extremamente curiosos!!), observar o trabalho dos diferentes profissionais de saúde, e fiquei com uma companhia que me permitiu conversas bem agradáveis!
E, no início deste mês, fui à Covilhã. Por ser a terra natal da minha mãe e não ir lá havia algum tempo… Não conhecia a cidade em si, mas graças a um amigo, que se transformou momentaneamente em guia turístico pessoal, pude passear por alguns locais da “cidade neve”. Fiquei quase chocada com a inclinação das ruas (estando habituada a cidades quase plana) e ainda mais com a facilidade com que os habitantes as percorrem! Mas a cidade é linda, assim como a sua zona envolvente e as magníficas vistas. Estive no “Serra Shopping” (nunca esperei que uma cidade do interior tivesse assim um centro comercial), vi as novas piscinas que fazem ondas, e estive algum tempo no magnífico Jardim do Lago, muito agradável e com um lago cheio de peixes vermelhos, patos e alguns cisnes, que adoro.
Depois do regresso, apenas me voltei a ausentar de casa anteontem. Fui até ao Minho, a um casamento que, para mim, foi a festa do ano! Um casamento que acho difícil ser superado na organização, animação e beleza do local. Festejou-se numa quinta com um solar e em poucas festas me consegui divertir da mesma forma; ter direito a dança do ventre, animação para as crianças com palhaços tradicionais, e outros em andas ao som de Bob Sinclair, rancho folclórico, danças ciganas, sevilhanas, fado, valsa, música popular e tradicional de todas as festas, música clássica de cada vez que os garçons, impecavelmente trajados, se dirigiam em fila indiana para servir a refeição à diferentes mesas, passadeira vermelha, fogo-de-artifício junto à piscina,… uma celebração sem igual!
Entretanto pude por a minha leitura em dia. Havia imensos livros que desejava, há imenso tempo, ler.
Li “O Círculo do Medo” de Sandra Carvalho ainda em Maio
e agora em férias, “O Códex 632”de José Rodrigues dos Santos,
O Ultimo Papa” de Luís Miguel Rocha,
e por fim “A Filha da Floresta – Sevenwaters I” de Juliet Marillier.
Penso começar hoje “O Filho das Sombras – Sevenwaters II” da mesma autora.
Adorei os dois últimos livros, e aconselho vivamente!
 
Espero que também vocês guardem boas recordações destas férias! E que corram pelo melhor!
 

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Cinco anos

Terça-feira, 12.08.08

 

Há cerca de cinco anos já eu pensava no dia de hoje. Pensava como seria a minha vida após este tempo. Pensava como seria dizer “Foi há cinco anos”. Pensava como aguentaria a ausência, a dor... Pensava se neste intervalo de tempo, um dia, não iria acordar e reencontrar-me com treze anos, sem um motivo para chorar. Que acordasse na manhã do dia 13 de Agosto e, indo ao quarto do meu irmão ele lá estivesse a dormir. Que acordasse na manhã de 13 de Agosto de 2003 e não ouvisse, ao descer as escadas, o choro da minha mãe, denunciando que aquilo que eu mais temia era real. Mantive essa esperança por muito tempo… E ainda hoje a conservo.
Poderão passar cinco, dez, vinte anos… a minha vontade será sempre a de poder regressar atrás no tempo e mudar o rumo da vida nesta casa.
No dia de hoje assolam-me as recordações daquela noite. O telefonema anunciando que o meu irmão tivera um acidente. A viagem até ao hospital em que me agarrava com todas as forças à minha fé e à esperança que alimentava… “Ele não pode morrer”. A chegada às urgências e toda aquela gente à porta com uma expressão desolada. O desespero dos meus pais. O médico encaminhando-se na direcção da minha mãe… “tenho uma má notícia a dar-lhe…” E o momento seguinte não pode ser descrito…
Chegou o desespero, deu lugar à dor, e por fim à saudade.
No dia seguinte pensava eu, “desde ontem que não falo com o meu irmão, como será daqui a cinco anos? Como poderei dizer que não o vejo ou não falo com ele há cinco anos? Como poderei passar esse tempo sem receber notícias, sem ver a sua cara, sem ouvir a sua voz, sentir a sua boa-disposição, sem tentar ganhar-lhe numa brincadeira, ou ser cúmplice em algo que os meus pais não aprovam. O que fazer quando me perguntam: “és filha única?” ou ao ouvir as pessoas ao meu redor falar dos irmãos mais velhos… Também eu já respondi negativamente a essa questão… hoje não sei o que dizer. Também eu já falei, tantas vezes, orgulhosa do meu irmão,… No passado. Há cinco anos; hoje já não é possível.
 

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Dois anos

Terça-feira, 15.07.08

Há dois anos atrás começei este projecto... Consegui através do Baú ter alegrias, muito apoio por parte de todos que visitam e comentam. A todos vocês o meu muito obrigado.

As saudades de escrever aqui são imensas, imensas... Se neste ano lectivo foi muito complicado manter o blog, nestas férias não está a ser menos. De momento estou sem acesso à internet, pelo que, como entendem, fica complicado actualizar. Vou tentar mudar isso, mas a tarefa apresenta-se árdua! Bastante mais do que esperava...

Contudo, podem ter a certeza que não esqueço quem por aqui passou, passa,... logo que possa, voltarei.

 

Entretanto comigo está tudo bem. Estou de férias desde o final de Junho, e a aproveitar finalmente a minha casinha.

Desculpem não ter respondido aos comentários do post anterior, mas logo que venha com mais calma fá-lo-ei.

 

Obrigada por partilharem estes dois anos (menos uns meses de ausência) comigo.

Tomara que o próximo ano seja um ano a sério de blog, como foi o primeiro.

 

Boas férias a todos! Ou bom verão para quem não tem essa oportunidade!

 

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O autocarro

Segunda-feira, 03.03.08
Mais uma vez, de volta a Salamanca. Mais uma semana que começa, e provavelmente mais uma quinzena de dias sem voltar a casa… Tal como me preveniram ao início, agora custa sair de casa. Custa pensar que no dia seguinte já não durmo no meu quartinho, custa pensar que já não vou ter a comida da mãezinha, custa despedir-me de tudo e, sobretudo, de todos. Salamanca continua a fascinar-me como cidade, o curso também mas… algo mudou. Talvez aquela euforia inicial que sentia. Isto faz-me lembrar as teorias antropologistas que dizem que a paixão apenas dura 18 meses e os benefícios que isso nos traz – seria horrível passar “anos e anos na montanha russa do amor”. Tentando estabelecer um paralelismo, também essa euforia teve de acalmar. Nem que não acontecesse espontaneamente, os exames encarregar-se-iam de o fazer.
Ontem, mais uma vez lá passei uma horinha no “autobus” entre duas cidades espanholas, o meu trajecto habitual aos domingos.Rotina minha e da maioria dos universitários. Com o autocarro, sempre mantive uma relação de amor-ódio. Gosto de viajar e de poder apreciar com calma a paisagem, de ver todos os locais pelos quais passo, de ver todas aquelas pessoas… Mas por outro lado tenho sempre a sensação que ou as malas ficam na estação ou me esqueço delas, ou alguém as leva por engano, ou fico eu na estação (nas viagens longas quando há paragens), depois há o transtorno de ir muito tempo sentada…
Bem, mas quase sempre há histórias para contar. Domingo à noite, apenas  passo uma hora no autocarro: é ver todos os estudantes carregados de malas – tal como eu –comprar bilhetes a correr, acotovelarem-se nas filas para entrar, irem em grupos contando o que se passou durante a semana (isto pelo que eu compreendo entre as minhas conversas, o mp3 e a rápida conversação que eles levam), alguém a falar ao telemóvel e que faz pública a sua conversa para os 50 passageiros, ou eu própria carregada de sacos tentando passar pelo estreito corredor enquanto me desdobro em 1001 “perdón”.
À sexta-feira, que julgo se está a tornar o meu dia favorito da semana, vamos de regresso durante 2h30.Esperamos meia hora numa estação (onde surgem figuras insólitas como homens que surgem na casa-de-banho feminina ou procurar um balcão de venda de bilhetes que afinal se conclui não existir) e depois tomamos um autocarro que pára na fronteira. O motorista já nos conhece como as “señoritas portuguesas” e a maioria das vezes somos apenas nós, as estudantes portuguesas que chegamos ao fim do trajecto. Lá vai o autocarro de 50 lugares a ecoar as nossas conversas. Claro que enquanto está cheio há situações do mais diverso possível: entre um miúdo de 10 anos a meter a cabeça entre o meu banco e o da minha colega para nos olhar, ou um bando de 4 rapazes que desatam a rir – com fortes gargalhadas, sem se conterem durante 10minutos, sem exagero – quando começamos a falar entre todas em português, ou passageiros com um forte cheiro a álcool ou de aspecto “sinistro”, gente que se lembra de fazer sessão fotográfica e não dá descanso aos “flashes” durante o trajecto inteiro…
Há mesmo de tudo.
Contudo para mim, a melhor parte da viagem é sexta-feira quando sei que estou perto da fronteira e nesta altura se está o sol a pôr. O autocarro já só nos leva a nós e eu vou ouvindo uma música enquanto vejo o pôr-do-sol e penso: “Lar, doce lar… estou a chegar!”

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New Life

Segunda-feira, 11.02.08
Que… saudades..!
Nem imaginam como já me fazia falta abrir o Microsoft Word para escrever umas quantas linhas com a intenção de aqui as publicar, no meu blog! Já me desdobrei vezes sem conta em desculpas pela falta de actualização, mas nos últimos tempos foi-me de todo impossível dar continuidade ao Baú. Contudo, hoje para mim é sinónimo de vida nova! :D Espero por isso, com este recomeço poder dedicar-me como antes a escrever as palavras que tanto me satisfaziam. E a ler os vossos comentários! Ai que saudades, que saudades..! (nem em Espanha se “perde” este sentimento tão português!)
Estou aqui sentada à secretária da minha casa nova, vendo o sol da manhã brilhando lá fora. Hoje é um dia especial. Começo o 2º “cuatrimestre” (semestre) na faculdade, recomeço a escrever aqui…finalmente vejo a minha vida a tomar “rumo”.
Digo isto porque ultimamente as coisas não se têm revelado fáceis. A situação no apartamento que habitava estava péssima, e resultou com que tivesse de mudar de casa com uma das minhas colegas de “piso” (um conselho: nunca fiquem 3 raparigas a compartilhar uma casa. E caso o façam, certifiquem-se que se conhecem todas MUITO bem). Foram momentos para esquecer, em que a única coisa que me ocupava o pensamento era ver aquela situação resolvida. Para piorar tudo em Dezembro tive um dos acontecimentos mais tristes da minha vida: a morte da minha cadelinha… Foi rápido, eu não estava em casa e abalou-me profundamente. Era especialíssima para mim, alguém que fazia realmente parte da família. Sei que nunca a vou esquecer, a minha Íris.
 Depois foram as férias de Natal em que não tive acesso à internet e foram passadas a estudar para os exames. Em Janeiro voltei para Salamanca mas devido à mudança voltei a ficar sem internet e, eis que quando me instalam, estou em plena época de exames época essa que acabou na Sexta-feira. Para ajudar a tudo isto, não falava com a minha melhor amiga há 5 meses. Bem, foram meses para esquecer – parcialmente. Mas ontem voltou tudo ao normal, fiz as pazes com a minha melhor amiga (imaginem o que significa depois de 5 meses!), estou na minha casinha nova, começa o 2º semestre...!
Bem, nesta altura deveria estar em aulas, mas isto de andar entre Portugal e Espanha dá mau resultado: por o despertador para a hora portuguesa. Não faz mal, aproveitei assim estes momentos para reinaugurar o blog.
Espero mesmo que desta vez dê para cumprir a minha palavra, como estou farta de ouvir: o tempo bem programado dá para tudo!
 
Bem, e agora despeço-me.
Vou à minha primeira aula de anatomia!
Até breve!
 
P.S.: Escrevi isto antes de sair para as aulas. Hoje foi mesmo um dia especial! Fui aprovada à primeira disciplina. Finalmente posso dizer que comecei a minha “carreira”! :)

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Sonhos de Infância

Domingo, 02.12.07
O tempo não pára e não me dá fôlego para por as minhas coisas em dia. Com o blog passa-se o mesmo. Que desorganização total! Então só de pensar que está a aproximar-se o fim do ano, e que isso significa a época de exames em Janeiro… bem, é melhor nem desenvolver o tema, ou sequer pensar nisso!
De cada vez que coloco uma nova votação aqui no blog, tento orientá-la no sentido de algo futuro que, imagino eu, possa vir a acontecer. Claro que sempre associada à curiosidade de saber a opinião geral acerca de um determinado tema.
Desde, sensivelmente, o mês de Abril que a minha vida tem estado virada para uma coisa apenas: educação. Tudo começou com o fim do 12º ano (e a série de testes, e trabalhos a fazer), depois a preparação dos exames nacionais e sua realização, seguiu-se o concurso ao ensino superior, resultados de notas, resultados de colocações, acesso ao ensino superior espanhol, matrículas, procura de casa, e por fim, o início do novo ciclo na faculdade. Como é de notar, nem outra coisa me dava tanto motivo para escrever como este tema, que tomou toda a importância ao meu redor. Assim, até no momento de escolher a votação me baseei no meu, outrora, hipotético futuro, e agora, actual presente: medicina.
Resolvi questionar se já alguma vez tinham cumprido um sonho de infância. Apesar de muitos se esquecerem com o tempo do que é verdadeiramente sonhar, é nessa fase em que o nosso pensamento não tem limite. Podemos pensar que a cada esquina há uma porta para um mundo mágico onde há casinhas feitas de doces, que somos princesas ou heróis de histórias de encantar ou que todos os dias são de sol. Não nos preocupamos com todo o mundano que nos cerca, vivemos com a mente! Vivemos numa ilusão, sim. Mas é tão bom..! E o mais importante: somos felizes!
Julgo que todos nós nos recordamos de algum sonho de infância. Eu uma vez fiz questão de os registrar para memória futura, e para assinalar de cada vez que cumprisse um deles. Não espero cumpri-los todos tão cedo, ou então, se cumprir, encontrar logo outro desejo a satisfazer. Isto porque no dia em que já tiver aquilo que quero, que não sonhar mais, não desejar… Bem, julgo que será a minha hora. (Lembrando-me das minhas aulas de biologia: tal como as células se “apercebem que estão a mais” e entram em apoptose, ou morte celular programada).
Claro que os meus sonhos de infância não eram nada de espectacular, eram apenas coisas que me deliciariam se fossem concretizadas, algumas simples. Mas é nas coisas simples da vida que está a piada!
A maior parte dos desejos que considero são de ainda antes de entrar para a escola primária – até porque é aqui que a sociedade nos começa a moldar mais fortemente. Desde pequena que adoro animais (Confesso só que não sou adepta de aracnídeos, répteis… ), e sempre desejei ter o máximo de animais em casa, apesar de não me ser permitido. E houve uma raça de animais que sempre me fascinou: (talvez devido à sua associação com a neve de quem eu sou também fã?) huskies siberianos. Lembro-me de implorar desde pequena por um husky, de passar horas e horas na internet pesquisando sobre a raça, vendo clubes, fotos… Até que um dia, quando menos esperava e já tinha desistido de ter um, pelo menos tão cedo, recebi a minha cadela. E é hoje do mais importante que tenho na vida, única!
Outro desejo que eu tinha era de ter um computador. Sim, é estranho. Mas corria o ano de 1994, e o seu uso ainda não estava muito difundido, mas os computadores fascinavam-me! E 6 anos depois, lá tive o meu. Nunca me esquecerei desses tempos!
Também desta altura, desejava muito ir à Disneyland, em Paris. Tinha-me sido prometida uma viagem, mas também só 10 anos depois consegui finalmente lá ir. Sempre fui apaixonada pelo mundo Disney e ir àquele parque… é como se voltássemos atrás no tempo. (Aconselha-se a todos os que não tenham visitado!) Algo inesquecível que espero voltar a fazer!
Para terminar, aquele que me fez abrir esta votação: entrar em medicina. Este talvez não o possa considerar um sonho de infância. Quero dizer, lembro-me desde pequenina de querer ser médica, de adorar estetoscópios, diagnosticar bonecas, adorar ir ao médico, e claro, ambicionar sê-lo “quando fosse grande”. Mas há alguns anos mudei de ideias, comecei a ficar confusa sobre o que realmente queria ser. Até que decidi em Julho deste mesmo ano que sim, realmente queria ser médica. Já foi um pouco tarde, perdi por algum tempo a esperança mas não desisti. Acreditei que mesmo que não conseguisse este ano, um dia estaria a estudar medicina. E afinal, quando menos esperava… cá estou eu! Com o meu sonho realizado!
Nunca é tarde para realizarmos os nossos sonhos, o importante é nunca desistir e lutar sempre por eles! Sejam eles ter um computador ou entrar no curso que desejamos! :)
E vocês também já concretizaram os vossos?
 

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Quarenta e oito dias

Segunda-feira, 12.11.07
Até me custa a acreditar. Tanto tempo sem escrever no meu blog! Tanto tempo sem deixar os meus pensamentos vaguear acompanhando o seu ritmo com os dedos num teclado. Teclado de computador: Se bem que o outro teclado que produz música não se tem ficado atrás.
Talvez muitos dos que costumavam visitar este blog terão pensado que agora que entrei para a faculdade já não iria dar continuidade ao Baú, que deixaria de escrever. .. Bem, não vou mentir dizendo que ainda tenho tempo para fazer o que antes fazia. Entre aulas, ir a pé para todo o lado, fazer a comida, lavar a louça, arrumar, estudar, fico com muito pouco tempo para fazer nada, para ler, para navegar na internet… Mas não foi esse o motivo que me fez deixar de postar. Fiquei apenas com acesso à internet restrito, ou seja, a partir da minha escola. E estar numa sala de informática a escrever um texto não é lá muito cómodo. Para mais ia sempre lá fazer coisas rápidas… Não deu para comentar os blogs todos que costumava visitar, mas não foi por isso que deixei de pensar na blogosfera e em todos vocês! Muitas vezes dava por mim a pensar: “tenho mesmo de escrever qualquer coisa”. Entretanto, e finalmente, já tenho internet em casa! Sim, demorou, e a culpa não foi minha (ainda me pergunto como foi possível ficar mais de um mês sem internet em casa) mas como não estou sozinha tenho de me limitar a encontrar consensos. Por isso, resolvi esperar pela internet para voltar ao blog.
E o que é que tenho feito nestes 48 dias?
Bem, coisas foi o que não me faltou para fazer! Este mês passou super rápido! Olhando para trás aconteceu tanta coisa..! Mas o que mais me deixa feliz é que ao longo deste mês pouco do que sentia se alterou. Continuo muito feliz com a vinda para a universidade. A parte má é o desespero de olhar para as pilhas de livros, matéria, exercícios vindos sabe-se lá de onde, perguntando sabe-se lá o quê..! Como dizem os meus professores, e bem, medicina não é o curso mais difícil, mas sim aquele que tem mais informação. E para isso implica ocupar muito do nosso tempo. Um professor de biologia fez questão de salientar, aliás, que chegará uma altura que nem tempo para irmos à casa-de-banho teremos..! Digam lá se não é animador..! (socorro!)
Mas o curso é giro, apesar de estar numa fase inicial. É só células e organelos e mais organelos, e biomoléculas e ultrassons e raios-X… Enfim,… É tudo tão aprofundado..! Mas tem mesmo de ser. A altura em que me senti mais próxima da profissão de médico foi quando aprendemos a medir a pressão arterial da forma tradicional (entenda-se com um esfigmomanómetro e estetoscópio, não com um medidor digital), quando observamos preparações ao microscópio, ou trago a bata vestida nos laboratórios de bioquímica. Este semestre já terei aulas práticas no serviço de radioterapia e medicina nuclear do hospital universitário. Aí sim, vai ser diferente!
Bem, mas nem tudo é só estudo. Muito menos quando se vem para a universidade e se ganha a liberdade “total”. Então estando num país como Espanha onde se vive de “fiestas” é uma mudança radical! Nunca tinha visto tantos cartazes a anunciar festas nocturnas como agora, nem nunca vi ser bebida tanta sangria! Sem dúvida, os espanhóis são do mais animado que há. Têm lugares para sair super originais, bem pensados, a cidade é fantástica…
Finalmente, somos 30 portugueses no 1º ano do curso de medicina. Somos um grande grupo, desde o Alentejo a Bragança, passando por Lisboa, Aveiro, Viseu, Guarda, Porto,… A predominância é o norte, sem dúvida. Somos a nova geração de emigrantes! ;)
 A recepção por parte dos espanhóis está a correr bem. Ainda não vi nenhum caso de antipatia, muito pelo contrário! Por curiosidade: numa conversa, ontem, perguntaram-me se “viva Portugal” estavam todos juntos num lugar. Depois de ponderar um pouco acabei por responder que sim, quando percebi que “viva Portugal” é o nosso grupo de portugueses. Nome que se deve, com certeza, à quantidade de vezes que quando há “fiestas” se grita “VIVA PORTUGAL!” (mesmo estando rodeados de espanhóis). Vejam que nós, os “viva Portugal” não esquecemos o nosso cantinho da Ibéria. :)
Bem, por hoje “me quedo por aqui”. Terminando só dizendo  que já me custa um pouco a escrever à mão em português…Imaginem a quantidade de coisas que tenho escrito em espanhol!
Hasta!

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18 anos e Live from Salamanca

Quarta-feira, 26.09.07
Eu nem acredito que estou a escrever para Portugal!! Que máximo!
E só estou aqui ha tres dias. (Desculpem, vou escrever o texto sem acentos ortograficos, pois estou num teclado de Mac e nao estou bem habituada...isto aliado a pressa so iria complicar)
Ca estou eu, entregue a mim mesma em Salamanca.
Esta semana foi uma mudança radical na minha vida. Ontem, foi o dia fulcral. Tal como a 25 de Setembro de 1995 fiz 6 anos e comeñçei a escola primaria, ontem, 25 de Setembro de 2007, fiz 18 anos e começei as aulas na universidade.
Ja sou maior de idade, ja sou responsavel por mim mesma...! Custa a acreditar!
Bem, mas esta tudo a correr bem.
As auals começaram ontem, pois segunda foi apresnetaçao aos primeiros anos.
No primeiro ano de medicina somos 60 portugueses (de 166 alunos), imaginem a quantidade...Nao da para me sentir sozinha! A nossa lingua ouve-se frequentemente. Alem disso estou a viver com duas colegas ja conhecidas. Moro a 10 minutos da universidade, o que facilita imenso.
Ainda nao passeei por Salamanca, pois os dias tem servido para organizar tudo por aqui.
Ja tive disciplinas como Biologia Medica, Fisica Medica, Bioquimica (o terror dos portugueses, diz que apos 4 erros ortograficos deixa de ler o exame!! Pergunto-me se isso sera legal), Embriologia e falta Bases de qualquer coisa que tem a ver com a formaçao de terminos cientificos, nomes de doenças, etc. A primeira impressao que tive das aulas é que é tudo super interessante e que é mesmo isto que quero. Por momentos sentia-me realizada. Foi tao estranho. Mas optimo! Os professores parecem simpaticos, quebram a monotonia com piadas e as aulas sao num auditorio. As aulas sao dadas com recurso a apresentaçaoes feitas a computador naqueles paineis brancos, grandes. Bem, tudo diferente.
Ah, e os professores surpreenderam-me! Todos eles fazem investigaçao, alguns sao conhecidos mundialmente (os de biologia) e têm livros editados ate na américa!
 E nao ha intervalos, so momentos de troica de professores em que podemos sair um pouco... E o horario é sempre das 10h as 13h. Mais nada! Bem, quinta começo as 9h. Acho que só o horario é espectaular!
Bem, por enquanto ainda nao tenho internet, espero ja ter para a semana. Ja ando a tratar disso. Vou tantando passar por estas salas, mas no fim-de-semana estarei em casa.
Bem, espero que esteja tudo bem com vocês... Mal possa, prometo passar de novo!
Beijinhos salmantinos a todos! ;)

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Nova vida

Domingo, 23.09.07

Chegou a hora.

Dentro de, aproximadamente, 7 horas estarei a deixar esta casa, esta cidade,...

Sei que voltarei e que não é uma despedida eterna, mas os regressos limitar-se-ão a fins-de-semana ou férias. Ou, quem sabe, talvez um dia, daqui a 6 anos possa voltar. Mas uma coisa é certa: nunca mais será igual. Nunca mais voltarão estes tempos maravilhosos que aqui passei, deixando as memórias gravadas em cada recanto.

Sinto uma profunda tristeza. Se já antes me custava deixar a minha casa por um breve período de férias, imaginem neste caso... Sei que me apego de mais às coisas mundanas. Talvez esta etapa constribua para mudar. Hei-de mudar, com certeza. Todos mudam, todos crescem, todos aprendem, erram mas depois aprendem a corrigir (ou pelo menos assim deve ser com os nossos erros).

De certo irei ter momentos tristes, mas conto também com momentos de felicidade. E momento difícieis... mas que com certeza valerão a pena daqui a uns anos - se tudo correr bem.

 

Hoje foi um dia de despedidas, de lágrimas,... Mas esta não é uma despedida.

Felizmente, manter o blog é possível em qualquer parte do mundo.
Peço a paciência de todos que aqui vêm regularmente, pois não sei se poderei escrever nos próximos tempos; não por falta de tempo, mas porque ainda não terei acesso à internet. Logo logo tentarei tratar disso.

E agradeço a todos que apesar destes últimos meses complicados em que se tornou difícil actualizar o Baú não deixaram de visitar e comentar. Foram meses de trabalho, de tristezas e de esforços, mas que agora, e pelo menos estes, estão a dar fruto.

Obrigada.

 

Até à próxima,

lá por terras de Salamanca.

 

Um abraço a todos

 

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A bonança

Quarta-feira, 19.09.07
"15 de Setembro de 2007
A meio do jantar decido levantar-me e rapidamente abrir uma página da internet. Foi um impulso e sabia que tinha de o fazer! Tinha prometido a mim mesma apenas voltar a abrir aquela página Web no dia 18, o dia que julgava que teria a resposta que aguardava. Já esperava a reclamação dos meus pais por deixar o jantar a meio mas da maneira que saí precipitada da mesa nem pensaram sequer que me dirigisse ao computador. O tempo de escrever o endereço e clicar na página aberta não lhes deu tempo para pensar no que estava a acontecer, julgo. Nem o tempo de escrever o número do meu bilhete de identidade, clicar no meu nome e momentaneamente paralisar quando abriu uma nova página.
Li. Reli. Numa fracção de segundo pensei no que aquilo implicava para logo a seguir…
“ENTREI!!!!!”
Fui a correr para junto do meu pai.
“EU ENTREI!! ENTREI!!” E logo depois me agarrar aos meus pais entre lágrimas e risos e tremores…!
Nem queriam acreditar visto só esperar pela saída dos resultados dia 18. Quiseram conferir. Momentaneamente ainda pensei que me pudesse ter enganado, mas o estado em que eu estava nem dava tempo de me perguntar. Eu chorava, ria, tremia! E lá lhes mostrei. À frente do meu nome:

1
LIC MEDICINA (U. Salamanca)
Admitido

Para mim foi a loucura geral! Quando pensava que tudo estava perdido… Ali estava o que ambicionei. Ali estava o que tanto desejei, o que tanto pedi. Salamanca, a cidade que amo desde que a visitei pela 1ª vez há cinco anos. E medicina, aquilo pelo que tanto lutei durante este ano! Ao menos agora sei que esse esforço não foi em vão.
Não há palavras! Já não tremo, mas ainda não tenho palavras para expressar concretamente o que sinto..! Até o choro custou a passar! Uma autêntica Madalena. Sem dúvida, felicidade em estado puro!!!!!!!"
Isto foi o que escrevi algumas horas depois da notícia, quando pensei em escrever no blog. Mas só agora tive oportunidade de publicar até porque desde o início da semana passada que ando em viagens para Espanha e onde volto amanhã. Fui matricular-me anteontem e tentar arranjar casa...Está complicado. Nesta altura a maioria já tem casa desde Agosto. Bem, amanhã tentarei de novo. As aulas começam dia 24, por isso há que me despachar. Parece que sempre entro na universidade com 17 anos..! Por um dia!
Mas felizmente a bonança (depois da tempestade).
Mal possa torno a dar notícias!

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Um olhar sobre Madrid

Quinta-feira, 13.09.07
Incrível como este verão ainda não me consegui sentir realmente em férias! Apenas algumas horitas, talvez…
Na semana passada foi-me impossível postar aqui alguma coisa pois fiquei sem internet. Andei com mudanças, passei da SAPO para o Kanguru (aquela internet móvel dos saltinhos) e voltei a passar para a SAPO. Isto porque “ Internet móvel em todo o lado!” não significa realmente isso: Na minha casa significava uma internet a 3MB numa determinada zona do andar de cima e uma internet a 63kbps no resto da casa. Como assim não dá, entre instalações, corte da sapo, reposição da sapo… Não deu para escrever nessa altura.
Entretanto, nos últimos dias, não escrevi por um motivo bem mais agradável: Fui até Madrid! Enquanto lá estava lembrei-me de um post que fizera há algum tempo atrás, sobre as capitais favoritas  e onde disse  que me faltavam conhecer Madrid, Londres e Nova Iorque. Madrid já está.
A estadia foi de apenas, digamos, 1 dia e meio, visto ter ido lá tratar de uns documentos. Saí de casa às 4h da manhã. Isto porque Madrid fica a cerca de 400km e queríamos chegar às 9h locais, 8h portuguesas. É uma viagem rápida - pelo menos comparada com as viagens até França: é um saltinho, e a estrada, tal como todas as espanholas, é muito boa.
Como já havia dito no post referido pouco sabia de Madrid: apenas tinha o conhecimento da existência do Museu do Prado e da Catedral de Almudena. E realmente fiquei com a sensação que não há muita coisa a visitar. Bem, pelo menos comparado com Lisboa ou Paris. Além do Prado e de Almudena, há o museu Rainha Sofia, o Palácio Real, o Parque do Retiro (que ocupa uma área significativa da cidade), um Jardim Zoológico e o Parque Warner Bros. Destes todos, e por apenas ter tido uma tarde livre para visitar, apenas estive na Catedral de Almudena e à entrada do Palácio Real, visto que são frente a frente. A Catedral é bonita mas não me impressionou. Estava à espera de algo mais grandioso. Contudo é bonita e simples mas já visitei catedrais mais impressionantes. Não entrei no parque do bom retiro e ainda não foi desta que fui a um zoo. Ir ao parque Warner Bros estava fora de questão – principalmente dispondo de apenas uma tarde. Queria muito ter ido ao Museu do Prado mas estava em obras: Devo ser um íman a monumentos em obras – já me acontecera o mesmo com a Catedral de Notre Dame e o Palácio de Versailles em Paris.
Portanto, à parte dos monumentos, o que realmente me fascinou foi a cidade: Os seus edifícios,  que a mim me pareceram renascentistas, adornados, brancos, limpos, sem o mínimo traço de poluição, as largas avenidas, a quantidade de árvores, de parques e as próprias pessoas que andam na rua com um aspecto muito digno e simpático. Aliás, a coisa mais parecida com antipatia que encontrei foi junto dos  portugueses que lá estavam. Incrível!
Os pontos negativos e que me impressionaram bastante foram os horários – os horários de abertura da maioria das instituições é das 9h às 14h (não entendo, e ainda se sabe que a maioria das notas de 500€ está em seu poder!) - e os estacionamentos. Aqui já a maioria dos estacionamentos é a pagar, mas em Madrid..! Não vi um único! Tudo, tudo marcado.
A quantidade de táxis também me impressionou. Vimos pelo menos o táxi número 14000, ou seja, poderá ainda haver mais. Sabendo que 14000 táxis era o número que existia em Paris e sendo Madrid uma cidade mais pequena, imaginem a quantidade por metro quadrado!! O que a mim só me trouxe vantagens, visto no primeiro dia ter tido de usufruir dos seus serviços e esperar por um não leva mais de 1 minuto. Quando se pára nos semáforos, basta olhar à volta para descobrir uns 6 táxis ao redor.
A visita resumiu-se pois a um passeio pela Catedral de Almudena, o Átrio do Palácio, e pelo Paseo del Prado - a avenida que alberga o museu com o mesmo nome e que vai até à estação de Atocha (esta última enorme, até me custava a acreditar olhando para lá, nos atentados do 11 de Março) e a Bolsa de Madrid (– passando por uma loja de “recuerdos” fantástica! Além de recordações de Madrid muito bonitas tinha uma secção de armas (espadas, floretes e algumas caçadeiras) que adorei. Isto porque tinha as espadas do filme do Senhor dos Anéis: espada de Aragorn, Arwen e dos Ûruk-hai. Eram fantásticas! Já o preço contrastava com a beleza das espadas: 700€! Também na loja havia mais “preciosidades” da saga: o anel um com a respectiva corrente de por ao pescoço, as folhinhas verdes que a Irmandade usava para segurar as capas e o colar da Arwen – evenstar – absolutamente fabuloso, em conjunto com uns brincos e custando 85€ no total.
Espero um dia regressar para poder andar com calma naquelas ruas maravilhosas, poder ver todo o tipo de lojas que lá se encontram e claro, os pontos turísticos que não pude visitar desta vez!

A impressão que trago desta visita é que Madrid é sem dúvida, lindíssimo e muito agradável!

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Bye Bye Agosto

Sexta-feira, 31.08.07
É agora..! É o fim do verão, fim das férias, fim de Agosto! Acontece-me sempre nestas alturas olhar para trás e ver como o tempo passou: num piscar de olhos. E pior, constatar o quão pouco produtivo foram as férias – se é que se pode chamar férias a este intervalo de tempo que dura desde dia 17 de Julho. Curiosamente, acho que é agora que o meu verão está a ter mais piada. Isto é, passei um mês de Agosto em que tudo ao meu redor parecia um deserto (excluindo sempre os hipermercados e o centro da cidade). Tanta gente de férias, e eu em casa, sozinha, sem nada para fazer. Felizmente, agora fim de Agosto já cá está de novo toda a gente e tudo volta ao normal. O que é óptimo enquanto não começarem as aulas (que falando nisso, não faço a mínima ideia quando será… Julgo que seja no início de Outubro).
Durante um verão inteiro não pude dizer: “saí com os meus amigos!” Muito menos, “diverti-me com eles”. Ainda não aconteceu (nem estou a ver maneiras que isso aconteça) mas ontem consegui passar óptimos momentos, (digamos, junto de amigos dos meus amigos), divertir-me, conhecer locais novos…Isso já deu um ar muito mais colorido às férias. Sair e encontrar todas aquelas pessoas que não vemos há tanto tempo, ou simplesmente ver gente e sair de casa, é maravilhoso depois de este tipo de cativeiro que foi Agosto!
Já hoje, tive de me levantar cedo.
 Acordar às 8h30 custou mas depois sair para a rua, para esta manhã fresquinha de verão é maravilhoso, respirar aquele ar puro… simplesmente revitalizante! Tinha combinado ir ver o resultado da reapreciação das notas dos exames, e lá fomos pela fresquinha até às escolas secundárias. Numa delas, em 8 alunos que pediram reapreciação apenas 3 conseguiram subir.
E lá chegou a vez da minha escola…
Consegui subir! Subi 1 valor no exame de Física e Química A. Já a Biologia não subi (não me surpreende pois tive de fazer por mim o texto para a reapreciação e não encontrei nenhum professor que me analisasse o exame). Mas bem, já foi bom. Melhor do que nada.
Ainda à tarde, aproveitei para escolher filmes que há muito devia ter visto e para me “reencontrar” com os Sims 2.
Agora sim, é que isto começa a ficar divertido. (e que continue assim pelo menos o mês seguinte, please!)
Bye Bye Agosto!
Olá Setembro! ;)

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Obrigada! :)

Quarta-feira, 29.08.07

Afinal, desde ontem, ainda fiz mais algumas alterações no blog. Apenas tinha alterado as cores e colocado a imagem do cabeçalho, mas hoje foi colocada a moldura e as letras do título, o que não teria sido possível sem a ajuda de um amigo que teve o trabalho de fazer e me deu as dicas necessárias para aqui colocar. Fica aqui o meu reconhecimento e um obrigada, "Shru"! ;)

 

 

(Estes meninos simpáticos até aceitaram agradecer por mim, vejam só hehe)

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"Baú novo, vida nova?"

Terça-feira, 28.08.07
Ai que vergonha… Se calhar a maioria de vocês, que costumam comentar, nem vão ler este post. Se calhar até pensaram que eu já não voltava mais. Pois… Já disse… este verão não está a ser nada do que planeava: Planeava um verão em grande e saiu tudo ao contrário. Bem, depois do horrível mês de Julho, péssimo início de Agosto, o desenrolar do mês não se tem mostrado grande coisa… A cidade pareceu fervilhar com a quantidade de gente (este ano acho que havia mais emigrantes que residentes – com filas de meia-hora no hipermercado e um mar de matrículas estrangeiras, a maioria amarela), com as festas.. só faltou mesmo o, até aqui, habitual calor de verão.
Não neva no inverno, não fazem 35ºC no verão..! Definitivamente não é o mesmo clima que nos afectava aqui há 2 anos atrás - para não recuar muito mais. Bem, mas isso já é conversa ambientalista, e estamos fartos de saber que devemos ter cuidado com tudo o que produzimos, com os gastos, a reciclagem… Estamos fartos de saber mas não é isso que a situação muda. Aliás, pouco há-de mudar enquanto potências mundiais se recusarem a assinar o Protocolo de Quioto. Ou “minorias” mundiais o assinem mas não o cumprem; e que para piorar estão em crise mas com isto ainda terão de pagar impostos à U.E. . Vá, mudando de assunto para não estragar ainda mais as férias…
Consegui passar um verão (ainda não acabou mas duvido que mude) sem sequer dar uma (1!) braçada na água. Nem piscina, nem rio, nem lago, nem praia! Nada!! Limitei-me a uns banhos de sol na varanda nos poucos dias que esteve calor para estar na rua a bronzear. Nas festas da cidade (que duram 21 dias) limitei-as a 3 saídas! Nem a nova Festa da História pude aproveitar como devia. Sempre gostei de história, por isso ver pela primeira vez o castelo da cidade transformado num castelo e cidadela medievais foi fantástico. Porém apenas passei de relance pelo ambiente e pude assistir à peça de teatro “Inês, Inês: O Casamento Secreto de D. Pedro e D. Inês de Castro” (Diz-se que o príncipe e a dama-de-companhia de D. Constança, após a morte desta, se casaram em segredo em Bragança, numa das igrejas mais antigas – S. Vicente). Depois disto e nos quatro dias dos maiores concertos, apenas gozei o dia principal com o fogo-de-artifício e mais umas horinhas. Sair de casa só em visitas de família ou para ir às compras (estas últimas a 3 minutos a pé). Mais nada. Faço-me lembrar as mulheres da Grécia Antiga. Ou seja, um verão passado em casa. Fazendo o quê? Escrever, pesquisar, tocar piano, ver Dr. House, ver filmes (vi High School Musical e adorei, já agora), ler qualquer coisa, internet (esta última nem sempre, visto que fiquei quase uma semana sem computador, daí também não ter sido possível nos dias seguintes ao último post ter escrito), ah e jogar Sims 2, uma coisa que não fazia desde Dezembro e redescobri como era giro. Agora vocês dizem-me: “Se não tinhas nada para fazer, podias bem ter escrito posts!”. Pois podia…Só que além de não ter nada para fazer os últimos dias foram péssimos, não tinha assunto, não me apetecia escrever…Horrível. Começa a chegar Setembro, colocações, universidade… é tão stressante pensar nisso tudo. Ainda por cima depois daqueles exames que nem quero lembrar.
Bem, mas há 3 dias atrás, à meia-noite estava eu a pensar: “um mês”. Falta menos de um mês para os tão, outrora, esperados 18 anos. Há que aproveitá-lo da melhor maneira. Pode ser que esta semana seja mais produtiva. (Espero!)
Ah, iniciei-me às artes culinárias. Quer dizer, iniciei-me mais profundamente. Encontrei um site maravilhoso cheio de receitas ainda mais maravilhosas (pelo menos parecem) e dediquei-me a experimentar. É que a perspectiva de no próximo ano lectivo comer apenas comida enlatada, congelada ou do McDonald’s não me agrada muito. Por isso, há que praticar! Além disso, é a oportunidade de poder fazer imensas receitas vegetarianas. Pode ser que um dia consiga sê-lo!
Este post já está a ficar grande, mas 19 dias sem dizer nada… Também não queria voltar a escrever sem ter o novo template do blog, como havia prometido no 1º aniversário. Já tinha testado imensas imagens, cores, mas nenhuma me satisfazia… Andei vários dias à procura. Até que hoje decidi “meter mãos à massa” e fiz a imagem que vêem no cabeçalho. Bem, sou uma iniciante em Photoshop e é uma coisa simples, mas todos os seus componentes têm um significado para mim, por isso gostei da ideia. Espero que gostem. Mesmo que não gostem estão à vontade para criticar. Mas pelo menos agora é um verdadeiro baú! :)
Até à próxima!

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Harry Potter and the Deathly Hallows

Quinta-feira, 09.08.07
(atenção: o texto seguinte não contém spoilers, apenas uma análise e dissertação sobre o livro)
Já deveria ter escrito antes este post mas não houve oportunidade. Isto de andar em férias nem, sempre significa não fazer nada. Pode ser assim o mês de Julho (não no caso deste ano) mas em Agosto, e quando a cidade está cheia de gente e chega a família, torna-se complicado.
Entretanto, a semana passada, pude, finalmente, dedicar-me à leitura. Enfim, após 6 anos de espera – o último volume de Harry Potter: “Harry Potter and the Deathly Hallows”
Até me custava a acreditar: “chegou ao fim?”
Inicialmente tinha-me decidido a esperar pelo lançamento do livro em Português mas começei a ficar bastante ansiosa e decidi comprar na língua original. Em primeiro lugar, porque tinha a certeza que iria descobrir o final antes de ler – o que é muito desagradável, principalmente no que toca ao verdadeiro final – tal como aconteceu saber a morte de uma personagem em “Harry Potter e o Príncipe Misterioso”. Em segundo lugar, já tinha falado com mais gente que havia começado a ler o livro e que não estava a achar nada complicado. Além disso eu já lera uma grande parte de “Harry Potter and the Philosopher’s Stone” sem problemas, ao que resolvi arriscar. O maior receio era ler um livro com 600 páginas numa língua estrangeira, mas pensei que nem que levasse o mês de Agosto inteiro para ler com calma e assim entender tudo, preferia fazê-lo a ter de esperar por Outubro/Novembro para ler em português.
O receio da língua acabou por se revelar infundamentado. Não encontrei nenhuma situação incompreensível ou complicada. Aconteceu, por vezes, não compreender determinada palavra (mais frequente nas descrições) e nem sequer ir ver ao dicionário – é chato ter de fechar o livro, procurar no dicionário, voltar ao livro, voltar a fazer uma pausa, dicionário, livro, etc – Claro que desta maneira ficava sem perceber o sentido completo da frase. Acontecia uma segunda vez não entender, mas normalmente à terceira deduzia o significado da palavra e ficava a entender. A nível da língua inglesa é bastante enriquecedor. A escrita é clara, compreensível...muito bom. Se ainda houvesse mais volumes da série, não hesitaria, de certeza, em voltar a ler me inglês no lançamento, em vez de ficar meses à espera.
Agora, gostaria de dar a minha opinião sobre o livro, o que não é fácil, visto ainda haver muita gente que não o leu. Mas não há spoilers, por isso, não se preocupem em ler. Eu também não gostaria que me fosse revelada a história antes de ter nas minhas mãos o livro e “ver” o momento com os meus próprios olhos .
“Harry Potter e as Relíquias da Morte”, título que faz todo o sentido após a leitura e que antes me era incompreensível, deverá ser o título português. Quando acabei de ler a última linha, do último capítulo…nem me consegui separar do livro. Fiquei uns momentos agarrada a ele recordando todos os livros, todas as aventuras de Harry, todos os bons momentos (e por vezes tristes) que passei com aquela história.
Apesar de esperar o contrário, antes de ler, o livro responde a todas as questões relacionadas com a história, além das surpresas que nos reserva. Claro que para os fãs há sempre coisas mínimas que ficam por saber e como disse a própria JK Rowling numa entrevista, “há fãs que nem descansam enquanto não souberem o nome do meio do trisavô do Harry”. Pessoalmente, fiquei satisfeita com as informações que nos são dadas e julgo que está lá o essencial e até um pouco mais.
A história surpreendeu-me me vários aspectos: os acontecimentos e as próprias personagens. É um livro diferente dos anteriores mas para mim, o melhor de todos. O que não significa que deixa de ser um livro triste. Eu achei-o bastante e em dois momentos fiquei com os olhos rasos de água. A história é cheia de acção, o que acho que a maioria já espera mas lindíssima. Como sempre, muito original ao estilo JKR e com um óptimo factor: entende-se o porquê de todos os acontecimentos. Todos os porquês são respondidos e as surpresas chegam até nós sem parar. Claro que não falta o humor a que já nos habituámos em cada livro de Harry Potter.
Trinta e seis capítulos, e mais alguma coisa, de pura magia - fantásticos.
Se alguém já tiver lido e queira comentar, está à vontade, apenas peço, por favor, que no início dos comentários coloquem o aviso de SPOILER, evitando assim qualquer transtorno e respeitando as pessoas que ainda não leram.
Quem ainda não teve oportunidade de ler e vai esperar até à versão traduzida: boa espera, com paciência, mas vale a pena para ler esta história, fantástica.
Umas mágicas férias a todos!

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