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A tempestade

Sábado, 04.08.07
De volta de uma longa pausa. Como previ, nas últimas semanas não foi possível escrever posts. O principal motivo, vou ser sincera, é que não tinha a mínima vontade de escrever. Não me sentia capaz de pegar numa folha e redigir um texto. Para complicar, dia 21 viajei para França onde foi o funeral do meu avô e regressei dia 26 por causa das candidaturas à universidade. Tinha pensado que apenas me levaria um dia a fazer tudo, porém não correu como planeava e a semana foi toda passada entre a escola, CAE, fotocópias, etc. Foram 15 dias maus. Não cumpri os meus objectivos, fiquei de rastos mas só não há solução para a morte. Não será por não ter conseguido as notas que queria e, consequentemente, o curso que vou deixar de ser feliz. Apesar de tudo o que acontece na nossa vida a única solução é continuar. Afinal, cada um de nós tem a sua missão a cumprir, eu acredito que sim… e quando uma pessoa cai, não fica no chão para sempre, não é? Pode custar e levar algum tempo, mas acaba por se levantar e continuar, mesmo com as cicatrizes da queda. Depois da tempestade vem a bonança, não é?
Apesar de não ter escrito, durante esta semana já fui espreitando os blogs de todos aqueles que me visitam. Tentarei agora comentar os posts em atraso.
Queria também deixar um grande obrigada pelas mensagens amigas que deixaram no último post. Valeram-me de muito naqueles momentos difíceis, acreditem.
Um abraço a todos vocês

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The end

Sábado, 09.06.07
Acabou.
Doze anos de aulas chegaram ontem ao fim. Logo pela manhã, enquanto ia a caminho da escola, recordei-me do meu primeiro dia de aulas, na escola primária – passou tão rápido. Lembro-me com muita clareza daquela sensação, de ver as minhas futuras amigas e agora foi a despedida: não terei mais aulas naquela escola, não verei mais os meus colegas, os professores…! Contudo, julgava que ontem ia ficar nostálgica, até chorar, mas não aconteceu nada disso. À parte desse momento de recordação não tive mais pena. Por um lado, ainda voltarei muitas vezes àquela escola em exames, e para ir buscar documentos necessários; por outro lado, como foi ontem o baile de finalistas, a despedida dos colegas só seria mais tarde e tínhamos muita coisa a preparar. Mas hoje sim, hoje já penso que realmente acabou e que esses tempos não voltarão mais – espero eu, seria muito mau sinal este não ser o fim.
E ontem foi o baile. A expectativa, nas últimas semanas, com o baile, era enorme e foi uma roda viva de preparativos: o vestido, a carteira e os sapatos, o penteado, a maquilhagem, o jantar, o local do baile, o tempo que faria,…! Tudo isso era alvo de preocupação e de conversas. Os dias de aulas desta semana foram passados a conversar numa coisa só: baile de finalistas e, o dia de ontem, foi totalmente passado em função dele. Durante a tarde, na cidade, viam-se imensas raparigas do meu ano, todas em redor de cabeleireiros, últimos retoques no vestido, na maquilhagem… No cabeleireiro onde fui, apenas numa tarde e com três cabeleireiras de serviço atenderam umas 15 raparigas, só para o baile – imaginem. O tempo passou a voar e rapidamente chegaram as 20h30. Parte da minha turma tinha combinado jantar, em vez do típico jantar de finalistas, no meu/nosso restaurante favorito. Acabámos por ser apenas 8, mas foi um jantar bastante agradável; também havia mais finalistas (conhecidos, já que aqui toda a gente se conhece) o que contribuiu para um bom ambiente. Por volta da meia-noite fomos para o baile. Atenção, se alguma rapariga “aspirante” a finalista de secundário ler isto que siga um conselho: ou não leve saltos ou troque de sapatos! Antes do baile lembrei-me de trocar os meus sapatos de salto por umas “bailarinas-ténis” super confortáveis e que me foram valiosas: Após 30 minutos a maioria das raparigas estavam sentadas na casa-de-banho ou encostadas à parede a massajar os pés enquanto eu continuava muito bem!!
Por vários motivos não achei o baile de finalistas, nem a noite, nada de especial. Muitas raparigas estavam sentadas, super cansadas, vi miúdas de 13 anos embriagadas como não conseguia imaginar e o próprio baile em si não me surpreendeu. O ginásio da escola, onde foi o baile, tinha um palco onde estavam a tocar música popular num primeiro momento e onde mais tarde estiveram os DJ’s. Havia um fotógrafo com um mini-estudio improvisado ( leia-se um pano azul de fundo com holofotes para lá direccionados), estava lá também um bar improvisado e mais nada. Ainda havia muita gente a dançar e animada, mas não notei diferença nenhuma em ser finalista e apenas ir ao baile – só no momento das fotos de turma.
Depois, mais tarde foi a ida à discoteca. Foi a noite “remember Lloret” e por isso passaram a noite toda fotografias da viagem de finalistas. Duas horas depois estava toda a gente sentada, cansada e eu resolvi vir embora. Na minha lógica, para estar sentada sem fazer nada, mais vale vir dormir para casa, e não estar ali a olhar os outros a pedir bebidas e a ver gente partir copos no chão. Saí cedo, pois as minhas colegas tinham combinado tomar o pequeno-almoço, mas já estava o sol a “nascer”. Foi a primeira vez que entrei naquele local de noite e saí de dia. É estranho, mas muito melhor que no inverno que ainda é de noite. Parece revitalizante ver o sol a nascer e sentir o ar fresquinho da manhã – mesmo depois de uma noite sem dormir.
Já me perguntaram, hoje, como tinha sido o baile - na esperança de uma resposta super animada. Respondi sempre com um “nada de especial” o que acho que surpreendeu quem me tinha acompanhado nas últimas semanas e conheceu a minha ansiedade. Vejo o baile como um ponto de viragem, mas não me surpreendeu nem um pouco. Também não houve nenhuma situação muito negativa, nem muito positiva. É uma noite, um baile.
Espero que o vosso seja/tenha sido bem melhor!
Agora, após aulas e baile é preparar para o que é realmente importante – os exames!
Bom fim-de-semana!
 

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Uma verdade inconveniente

Terça-feira, 05.06.07
E  já estamos em Junho!
Um dia especial este. Caso tenham reparado, hoje ocorreu uma sequência única de horas minutos, segundos, dia, mês e ano:  02:03:04 de 05/06/07. Aqui há algum tempo encontrei uma página que falava sobre isso, relatando que já o ano passado ocorrera a mesma coisa, e assim será até ao ano 2012 (07:08:09 10/11/12); de qualquer forma tem sido atribuída a este ano uma conotação meia mágica. Tudo pelo número 7, que segundo consta, é o número perfeito. E realmente há coisas muito interessantes sobre ele, umas que já existiam e outras que irão ocorrer este ano: 7 dias da semana/da criação do mundo (na crença católica), 7 cores do arco-íris, 7 pecados capitais – na religião há imensa referência ao 7 – e, na actualidade, a eleição das novas 7 maravilhas do mundo em 07/07/2007, o 7º livro de Harry Potter… Uma sucessão de acontecimentos que rodeiam este número.
Bem, mas ainda estamos em Junho, 6, e o ano novo já lá vai para dissertar sobre o ano “mágico”.
Para mim, Junho significa muita coisa. Férias é a primeira associação que faço a este mês. Cada vez que penso no mês de Junho lembro-me dos textos que costumava ter no final dos livros de língua portuguesa na escola primária. Um deles falava do dia mais comprido do ano, dia 21; e recordo aqueles desenhos de crianças com papagaios ao vento, cestos de piquenique e castelos de areia… Doce sabor a férias! Férias em que a única coisa que tinha a fazer era ler as férias Constância (um livro de férias com textos adequados aos níveis escolares), fazer palácios com as barbies ou ficar até ao fim da tarde a andar de bicicleta e brincar com os vizinhos. E, naqueles melhores dias, ir até ao rio. Idas a rios, praias fluviais e até mesmo à piscina, já não se fazem nem com metade da regularidade daquela altura. As barbies já lá vão e mesmo os passeios de bicicleta escasseiam…Hoje em dia, no verão, à tarde, está um calor insuportável que obriga a fechar as janelas todas da casa – é deprimente com um sol pleno lá fora ter de fazer isto, mas é escolher entre ver o sol à tarde e não conseguir dormis com o, ou não ver o sol e conseguir estar dentro de casa.
Pois, porque na década de 90 não fazia este calor no verão. Era bem mais ameno, e,mesmo parecendo que não foi em 7 anos que o clima mudou…lá isso foi. Esta tarde, sendo o Dia Mundial do Ambiente e porque na disciplina de Biologia estudámos o impacto humano no mesmo, fomos assistir ao documentário “Uma verdade inconveniente” de Al Gore. Já me preocupava com o ambiente antes de ver o documentário, mas tudo o que lá é dito e apresentado faz-nos reflectir sobre tudo o que nós, seres humanos, fazemos para contribuir para a degradação deste planeta, que é único. Vi alguns gráficos que retratavam o aumento dos níveis de dióxido de carbono na atmosfera e de aumento da temperatura nos últimos 65000 anos. É inacreditável. Numa geração humana conseguimos ultrapassar largamente o que não aconteceu nesse longo período de tempo! É mesmo preocupante… Só não consigo entender como é que os americanos não entendem que é fundamental controlar as emissões de gases com efeito de estufa? E que o Protocolo de Quioto serve para ser cumprido e ser aceite? Como é que dois países tão desenvolvidos como Estados Unidos e Austrália não o entendem e não assinam o Protocolo? Principalmente o primeiro que é o país mais poluente… Mas, como sempre, a economia sobrepõem-se a qualquer outro princípio.
 Falou-se nos efeitos do aquecimento global e uma das consequências que mais me impressionou foi o degelo das calotes polares. Apresentaram imagens de glaciares há algumas décadas atrás e os mesmos glaciares hoje em dia – em várias zonas do planeta – e ninguém diria que eram os mesmos… Paisagens belíssimas e fundamentais à manutenção do nosso clima estão a perder-se e a maioria de nós assiste a tudo isto de braços cruzados.
Acreditem, vale mesmo a pena ver.
 
Já sabem, cuidem bem do nosso meio ambiente, nunca é demais lembrar.

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E mais do mesmo

Quarta-feira, 30.05.07
Mais uma semana… Por aqui tem tudo corrido a um ritmo louco! A semana passada com apresentação de área de projecto e teste de português, esta com teste de matemática ontem, teste de biologia amanha e seis exames no fim-de-semana…! Para melhorar, os últimos testes têm corrido muito ao contrário das minhas expectativas. Se a português correu mal, o de matemática não foi nada melhor. Mesmo estando bem preparada acontece isto… Mesmo pedindo aos professores para nos facilitarem um pouco, sabendo que são as ultimas avaliações, nem assim! A Matemática foi um teste enorme que a maioria, incluindo eu, não conseguiu acabar… Por tudo isto e mais ainda, não tenho andado nada animada…muito pelo contrário. Hoje de manhã só já pensava: “mais uma semana… uma semana e acaba, finalmente!”. Não dá vontade nenhuma de ir para a escola, de responder, é muito desanimador. Afinal... Mais uma semana. No fim-de-semana vou então fazer os exames de acesso ao ensino superior espanhol: Língua Espanhola, Comentário de texto, Língua estrangeira, e três exames de ciências (opções: Matemáticas I, Biologia, Química, Física, Geologia e Dibujo Técnico – que suponho ser geometria descritiva.). Sei que não estou preparada para os exames, porque é impossível concentrar os estudos portugueses e espanhóis e ser bem sucedida nos dois, mas vou na mesma dar o meu melhor. Como são em Lisboa, lá vou eu regressar à capital, passados 5 anos! Se bem que em anos anteriores estava sempre à espera de voltar a Lisboa, este dias perdi a vontade. Só de pensar naquela confusão toda e deixar a calma que me rodeia - nível físico. Bem, mas sempre há o mar - que aqui não tenho. E vou tentar aproveitar para visitar muitas coisas que lá não vi da última vez.
Como nem tudo é mau, no fim-de-semana houve um brinde.
Fica no post seguinte.

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Últimos testes, o vestido e Zamora!

Segunda-feira, 21.05.07
        Quase de novo uma semana sem actualizar… A semana passada fiquei livre de testes (felizmente!) mas amanhã já regressam: teste de português com matéria do período passado e onde vai ser avaliado o (terrível) “Memorial do Convento” apesar de ainda não termos acabado a análise à obra, tal como eu ainda não finalizei a leitura. Vai ser um grande dia aquele em que o conseguir acabar! Mais dois meses e fará um ano que comecei a sua leitura..! Incrível. Nem sei como é possível, mas bem, que aquilo é péssimo de ler, lá isso é. Não é que a história seja má, poderia ser engraçada, mas aquela escrita… Não aprecio muito. Lá que Saramago argumente que o livro está escrito como se estivéssemos a ouvir uma narração oralmente (e que na oralidade não há pontos de interrogação, nem travessões ou mudanças de linha quando há discurso directo, ou aspas e dois pontos) e digam que aquilo é estilo, não faz com que aprecie mais o livro. Como já comentámos lá na turma, agora começamos a escrever como bem quisermos nos testes e exames nacionais – entenda-se, sem sinais de pontuação – e não nos poderão considerar errado: argumentaremos que é o nosso estilo próprio. Além do mais, como podem queixar-se que os estudantes dão muitos erros de pontuação e depois darem-nos um livro destes para ler? Ainda é piorar mais a situação! Sem esquecer que tem que se ter o dicionário sempre à mão porque, geralmente, tem que se consultar uma vez por página - no mínimo. Assim torna-se complicado ler! Resultado: um livro muito pouco acessível.
Hoje estive a pensar: amanhã será o último teste de português que irei fazer… – sem contar com o meu exame – estes últimos tempos têm sido cheios de nostalgia… Últimos testes, últimas semanas na escola que frequentamos há tanto tempo, últimas aulas com os nossos professores, … dá cá uma pena. Mas como dizem os meus pais: “uns ficam tristes por não conseguirem passar e tu ficas triste por acabares?” É assim, há que seguir em frente e teria muitos mais motivos de ficar triste se não transitasse. (esperando que este fim de ano corra bem).       Por um lado não quero que o fim do ano se aproxime, mas, por outro, estou ansiosa pela chegada do baile de finalistas, que é na última semana de aulas! Finalmente já tenho o meu vestido..! Desde Março que o procurava e finalmente encontrei. Um vestido comprido em seda de tons de vermelho e branco e corte de estilo império. Achei-o lindíssimo e simples. Acho que nessa noite me vou sentir uma autêntica princesa! Aproveitei para ir passear até à cidade espanhola de Zamora onde encontrei imensas lojas de roupas de festa. Quando cheguei lá, por volta das 16 horas não havia ninguém na rua, as lojas estavam todas fechadas e fazia-se sentir um sol escaldante (quinta-feira passada). Às 17 horas, as lojas abriram e o ritmo aumentou imenso. Saía gente de todos os lados..! Já tinha passado muitas vezes por Zamora, só não tinha ainda passeado pela cidade. Achei-a muito animada – com violinistas no meio da cidade, que adorei! – com lojas fantásticas, uma cidade bonita com locais muito interessantes. Tenho de aproveitar que está a apenas uma hora de casa e passear mais vezes!
Bem, só vim mesmo dar notícias, amanhã tenho o último teste de português quero ao menos guardar uma boa memória dele!
Até breve! Boa semana!

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A Sociedade Sonhada

Terça-feira, 15.05.07

A semana passada o meu professor de português pediu que escrevêssemos um texto sobre um tema da actualidade. Sugeriu temas como a escola onde pudéssemos dar a nossa opinião sobre ela, mas, temas da actualidade têm um vasto leque de escolhas. Não sei se o meu se enquadra no tema pretendido, mas foi sobre aquilo que tive vontade de expor no momento. Aproveito-o e coloco-o aqui. Estão à vontade nas críticas e opiniões.

 


 

Por cada novo dia que passa, e por cada nova experiência nesta escola, que é a vida, fica a conhecer-se um pouco mais do como agem as pessoas, e da mentalidade da nossa sociedade actual. Cada um de nós é sujeito à sua pressão de mudança e ao acérrimo criticismo que nos bombardeia. Lentamente, essa massa à qual pertencemos, tenta alterar-nos para nos tornarmos à sua imagem. Devemos deixar-nos levar ao sabor das suas atitudes e opiniões?
                Muitos dirão que sou jovem para criticar a sociedade em que vivemos, e que tenho pouca experiência de vida, mas, discriminação etária, é algo que já não me surpreende: seja ela dirigida a jovens, ou cidadãos de terceira idade. Porém, a idade não é uma barreira que nos impeça de analisar o mundo que nos rodeia, nem deve ser. Porque é que tantas vezes os jovens são impedidos de dar a sua opinião de mudar o mundo? Porque não lhes são dadas oportunidades de fazer algo melhor pelo nosso país? Porque é que nos é ensinado, pela maioria, que é importante seguir uma profissão que nos dê conforto económico, em vez de sermos motivados a inovar e a produzir?
                A sociedade portuguesa é um perfeito reflexo de oportunismo e resignação. É de conhecimento geral que a maioria dos empregos são conseguidos pelas famosas “cunhas” e não pelo valor que cada um dos candidatos apresenta. Igualmente estamos habituados ao típico português que se resigna com tudo o que lhe sucede na vida e não parte à luta. A ambição de poder que os portugueses possam ter é toda ela atingida por um caminho fácil de trilhar.
                Desde a época dos Descobrimentos que “estagnámos”: Tivemos homens valorosos que se lançaram à conquista, enfrentando o desconhecido mas, depois, habituámo-nos ao ouro trazido do Brasil e ao trabalho escravo. Consequentemente, a fortuna acabou e desde aí não mais se voltou a falar de prosperidade em Portugal – falo do povo em geral, não querendo referir a classe política. Parece que todos esperamos ainda a vinda de D. Sebastião para nos salvar e restaurar a antiga glória portuguesa. Sublinho: generalizo, visto não poder esquecer cidadãos que lutaram para mudar a mentalidade portuguesa, para a fazer lutar e, sobretudo, para que sonhasse. Não posso deixar de referir Fernando Pessoa que esperou que a sociedade mudasse ao lhes enviar uma “Mensagem” cheia de esperança de um novo Portugal. Como disse Pessoa, “Sou da Altura de que vejo as coisas e não da altura da minha altura".
Sonhemos nós também e lutemos para realizar os nossos objectivos, sem nunca pensar que não somos capazes. Isso deve começar por nós, futuros adultos, acreditando nas nossa capacidade de construir um mundo melhor, repleto de optimismo  e de vencedores – e não será por sermos Portugueses que não o conseguiremos.

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A nossa pátria

Sábado, 17.03.07
Finalmente livre. Livre de testes, digo. Estas últimas semanas foram totalmente pensadas na escola. O fim do ano aproxima-se a passos cada vez mais céleres e esta é uma fase crucial. Claro que o computador, jogos, distracções, e até leituras ficaram de lado. Bem, se valer a pena, transforma-se de esforço em contentamento.
            Num desses muitos dias em que ia a caminho para a escola reparei num novo bar-café que abriu. Reparei ainda mais no que tinha escrito à frente do nome do estabelecimento: a palavra “kafé”. Esta breve observação levou-me a pensar, até chegar à escola, sobre a evolução que a nossa língua está a sofrer. Talvez vocês já tenham visto assim um letreiro, mas a mim nunca me tinha acontecido! Uma coisa são as abreviaturas nas sms’s, que praticamente toda a gente usa, ou até mesmo no computador em programas como o msn Messenger. Mas num letreiro? Achei estranho.
            È natural que um idioma sofra evolução, aliás, ela é constante, mas a mim parece-me que está a acontecer muito rápido. Não me admiro se daqui a uns 20 anos, se tanto, se considere correcto a substituição do “qu“ por “k” e ainda pior, dos “ss” por “x”. A nova geração escreve toda assim! E que escrevam nas mensagens de telemóvel… aceita-se, mas, e quando estão tão habituados que escrevem isso até nas aulas de português?! Já vi casos desses que me deixaram pasma. É o que faz telemóvel e msn a mais e leituras a menos. Erros e mais erros! É natural que as pessoas errem, ninguém é perfeito, mas há coisas que podem ser evitadas. Uma maneira é lendo. É óbvio que quem lê mais dá menos erros que quem não lê. E tem lógica! Quem não lê onde pode aprender o que é correcto ou errado? Só se for na parte do telejornal da manhã da RTP, “Em bom português”. E tenho a certeza que não é por aí. Bem, ler eles até leêm… Uma vez fiz essa pergunta e disseram-me que liam as legendas dos filmes. Então imaginem quando são aqueles filmes piratas legendados em português do Brasil. Que lucrativo, sem dúvida!
            Não quero com isto armar-me em género Hitler e preservar a “língua ariana”, perfeita, sem erros e imutável. Óbvio que não. Confesso que não costumo ser muito adepta de mudanças… Claro está, depende da mudança, mas acho que hoje em dia há cada vez mais exageros, a todos os níveis. Reparem no caso das sms: quando envio mensagens também abrevio, aliás é o melhor a fazer para quem não tem sms “à borla”. Mas acho que há limites. Se dá para substituir duas letras por uma, é bom; mas susbtituir uma por outra? Género: casa – kasa. Pretende-se com isto o quê? Resultado disto: levar os alunos a errarem. Depois há as susbtituições dos “ss” pelo “x”: Não acho piada nenhuma apesar de num caso de “emergência” usar. Género: fizesse – fizexe. Não gosto. Mas depois há para mim a escrita insuportável que não gosto mesmo nada de ler. Coisas do género: “Oix, xpero por vox a ora que combinamox, xim? Temox de ir comprar akele vestidu munituh!” Etc, acho que já perceberam. É como 99.9% dos adolescentes do ensino básico escreve e, infelizmente, os mais velhos estão a adoptar a técnica. Não gosto mesmo e ando sempre a tentar dissuadir as pessoas a não escreverem assim. Dizem que acham querido... Bem, moderação acima de tudo.
            Agora se a maioria dos jovens escreve assim hoje em dia, estão a imaginar como será no futuro? É óbvio que se isto persistir esta escrita será considerada correcta e até leccionada! Se até em letreiros já aparece… Já há dicionários de internetês, regras de etiqueta, etc. Daqui a pouco sai o de “smssês”! Bem… esse não, visto que é de domínio geral.
            Por mim, fica aqui a esperança de o meu blog um dia mais tarde não aparecer cheio de abreviaturas ou “censurado” por assim não ser. E aqui fica um viva à Língua Portuguesa correcta. Porque ela é a nossa pátria!
 
Não tenho sentimento nenhum politico ou social. Tenho, porém, num sentido, um alto sentimento patriotico. Minha patria é a lingua portuguesa. Nada me pesaria que invadissem ou tomassem Portugal, desde que não me incommodassem pessoalmente, Mas odeio, com odio verdadeiro, com o unico odio que sinto, não quem escreve mal portuguez, não quem não sabe syntaxe, não quem escreve em orthographia simplificada, mas a pagina mal escripta, como pessoa própria, a syntaxe errada, como gente em que se bata, a orthographia sem ípsilon, como escarro directo que me enoja independentemente de quem o cuspisse.
Fernando Pessoa
 
Bom fim-de-semana a todos!

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É preciso ter lata!

Quinta-feira, 14.12.06

Como estamos numa de espírito natalício, aqui vão as fotos do presépio da minha escola, feito pelos alunos de Artes Visuais e como título de Exposição "É preciso ter lata!".

Todos os anos têm feito e ganho o 1.º prémio de presépios da cidade pela...originalidade. Penso que este ano não fugiram à regra!

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