Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]


Mais sobre mim

foto do autor


Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

calendário

Julho 2013

D S T Q Q S S
123456
78910111213
14151617181920
21222324252627
28293031


Pesquisar

 


A Sociedade Sonhada

Terça-feira, 15.05.07

A semana passada o meu professor de português pediu que escrevêssemos um texto sobre um tema da actualidade. Sugeriu temas como a escola onde pudéssemos dar a nossa opinião sobre ela, mas, temas da actualidade têm um vasto leque de escolhas. Não sei se o meu se enquadra no tema pretendido, mas foi sobre aquilo que tive vontade de expor no momento. Aproveito-o e coloco-o aqui. Estão à vontade nas críticas e opiniões.

 


 

Por cada novo dia que passa, e por cada nova experiência nesta escola, que é a vida, fica a conhecer-se um pouco mais do como agem as pessoas, e da mentalidade da nossa sociedade actual. Cada um de nós é sujeito à sua pressão de mudança e ao acérrimo criticismo que nos bombardeia. Lentamente, essa massa à qual pertencemos, tenta alterar-nos para nos tornarmos à sua imagem. Devemos deixar-nos levar ao sabor das suas atitudes e opiniões?
                Muitos dirão que sou jovem para criticar a sociedade em que vivemos, e que tenho pouca experiência de vida, mas, discriminação etária, é algo que já não me surpreende: seja ela dirigida a jovens, ou cidadãos de terceira idade. Porém, a idade não é uma barreira que nos impeça de analisar o mundo que nos rodeia, nem deve ser. Porque é que tantas vezes os jovens são impedidos de dar a sua opinião de mudar o mundo? Porque não lhes são dadas oportunidades de fazer algo melhor pelo nosso país? Porque é que nos é ensinado, pela maioria, que é importante seguir uma profissão que nos dê conforto económico, em vez de sermos motivados a inovar e a produzir?
                A sociedade portuguesa é um perfeito reflexo de oportunismo e resignação. É de conhecimento geral que a maioria dos empregos são conseguidos pelas famosas “cunhas” e não pelo valor que cada um dos candidatos apresenta. Igualmente estamos habituados ao típico português que se resigna com tudo o que lhe sucede na vida e não parte à luta. A ambição de poder que os portugueses possam ter é toda ela atingida por um caminho fácil de trilhar.
                Desde a época dos Descobrimentos que “estagnámos”: Tivemos homens valorosos que se lançaram à conquista, enfrentando o desconhecido mas, depois, habituámo-nos ao ouro trazido do Brasil e ao trabalho escravo. Consequentemente, a fortuna acabou e desde aí não mais se voltou a falar de prosperidade em Portugal – falo do povo em geral, não querendo referir a classe política. Parece que todos esperamos ainda a vinda de D. Sebastião para nos salvar e restaurar a antiga glória portuguesa. Sublinho: generalizo, visto não poder esquecer cidadãos que lutaram para mudar a mentalidade portuguesa, para a fazer lutar e, sobretudo, para que sonhasse. Não posso deixar de referir Fernando Pessoa que esperou que a sociedade mudasse ao lhes enviar uma “Mensagem” cheia de esperança de um novo Portugal. Como disse Pessoa, “Sou da Altura de que vejo as coisas e não da altura da minha altura".
Sonhemos nós também e lutemos para realizar os nossos objectivos, sem nunca pensar que não somos capazes. Isso deve começar por nós, futuros adultos, acreditando nas nossa capacidade de construir um mundo melhor, repleto de optimismo  e de vencedores – e não será por sermos Portugueses que não o conseguiremos.

Autoria e outros dados (tags, etc)

A nossa pátria

Sábado, 17.03.07
Finalmente livre. Livre de testes, digo. Estas últimas semanas foram totalmente pensadas na escola. O fim do ano aproxima-se a passos cada vez mais céleres e esta é uma fase crucial. Claro que o computador, jogos, distracções, e até leituras ficaram de lado. Bem, se valer a pena, transforma-se de esforço em contentamento.
            Num desses muitos dias em que ia a caminho para a escola reparei num novo bar-café que abriu. Reparei ainda mais no que tinha escrito à frente do nome do estabelecimento: a palavra “kafé”. Esta breve observação levou-me a pensar, até chegar à escola, sobre a evolução que a nossa língua está a sofrer. Talvez vocês já tenham visto assim um letreiro, mas a mim nunca me tinha acontecido! Uma coisa são as abreviaturas nas sms’s, que praticamente toda a gente usa, ou até mesmo no computador em programas como o msn Messenger. Mas num letreiro? Achei estranho.
            È natural que um idioma sofra evolução, aliás, ela é constante, mas a mim parece-me que está a acontecer muito rápido. Não me admiro se daqui a uns 20 anos, se tanto, se considere correcto a substituição do “qu“ por “k” e ainda pior, dos “ss” por “x”. A nova geração escreve toda assim! E que escrevam nas mensagens de telemóvel… aceita-se, mas, e quando estão tão habituados que escrevem isso até nas aulas de português?! Já vi casos desses que me deixaram pasma. É o que faz telemóvel e msn a mais e leituras a menos. Erros e mais erros! É natural que as pessoas errem, ninguém é perfeito, mas há coisas que podem ser evitadas. Uma maneira é lendo. É óbvio que quem lê mais dá menos erros que quem não lê. E tem lógica! Quem não lê onde pode aprender o que é correcto ou errado? Só se for na parte do telejornal da manhã da RTP, “Em bom português”. E tenho a certeza que não é por aí. Bem, ler eles até leêm… Uma vez fiz essa pergunta e disseram-me que liam as legendas dos filmes. Então imaginem quando são aqueles filmes piratas legendados em português do Brasil. Que lucrativo, sem dúvida!
            Não quero com isto armar-me em género Hitler e preservar a “língua ariana”, perfeita, sem erros e imutável. Óbvio que não. Confesso que não costumo ser muito adepta de mudanças… Claro está, depende da mudança, mas acho que hoje em dia há cada vez mais exageros, a todos os níveis. Reparem no caso das sms: quando envio mensagens também abrevio, aliás é o melhor a fazer para quem não tem sms “à borla”. Mas acho que há limites. Se dá para substituir duas letras por uma, é bom; mas susbtituir uma por outra? Género: casa – kasa. Pretende-se com isto o quê? Resultado disto: levar os alunos a errarem. Depois há as susbtituições dos “ss” pelo “x”: Não acho piada nenhuma apesar de num caso de “emergência” usar. Género: fizesse – fizexe. Não gosto. Mas depois há para mim a escrita insuportável que não gosto mesmo nada de ler. Coisas do género: “Oix, xpero por vox a ora que combinamox, xim? Temox de ir comprar akele vestidu munituh!” Etc, acho que já perceberam. É como 99.9% dos adolescentes do ensino básico escreve e, infelizmente, os mais velhos estão a adoptar a técnica. Não gosto mesmo e ando sempre a tentar dissuadir as pessoas a não escreverem assim. Dizem que acham querido... Bem, moderação acima de tudo.
            Agora se a maioria dos jovens escreve assim hoje em dia, estão a imaginar como será no futuro? É óbvio que se isto persistir esta escrita será considerada correcta e até leccionada! Se até em letreiros já aparece… Já há dicionários de internetês, regras de etiqueta, etc. Daqui a pouco sai o de “smssês”! Bem… esse não, visto que é de domínio geral.
            Por mim, fica aqui a esperança de o meu blog um dia mais tarde não aparecer cheio de abreviaturas ou “censurado” por assim não ser. E aqui fica um viva à Língua Portuguesa correcta. Porque ela é a nossa pátria!
 
Não tenho sentimento nenhum politico ou social. Tenho, porém, num sentido, um alto sentimento patriotico. Minha patria é a lingua portuguesa. Nada me pesaria que invadissem ou tomassem Portugal, desde que não me incommodassem pessoalmente, Mas odeio, com odio verdadeiro, com o unico odio que sinto, não quem escreve mal portuguez, não quem não sabe syntaxe, não quem escreve em orthographia simplificada, mas a pagina mal escripta, como pessoa própria, a syntaxe errada, como gente em que se bata, a orthographia sem ípsilon, como escarro directo que me enoja independentemente de quem o cuspisse.
Fernando Pessoa
 
Bom fim-de-semana a todos!

Autoria e outros dados (tags, etc)

Poesia

Sábado, 04.11.06
Aviso, desde já, que este lado não tem andado muito inspirado nos últimos dias… Realmente a chuva e o céu nublado fazem-me mal! Quanto não vale, para mim, ver um belo dia de sol em todo o seu esplendor? Mas bem…também é preciso Inverno, frio e claro: neve, que eu tanto gosto!
           
Como é algo que tem andado a rodear-me nos últimos dias, resolvi escrever este post sobre poesia.
                 Nesta fase encontro-me a estudar Fernando Pessoa , ortónimo e heterónimos – Alberto Caeiro, Ricardo Reis e Álvaro de Campos .
            No início, quando comecei a estudar e ouvir falar nos heterónimos de Fernando Pessoa, pensei para comigo: “Ele devia era ser maluco!” – Uma frase impensada, claro! Mas pensar em alguém que inventa personagens e escreve como que incorporando-as (bem diferente de um pseudónimo, sendo pseudónimo apenas o nome falso e heterónimo um outro “eu”), em que uma vez, um que gosta do campo e outro gosta de máquinas; um que acha que “pensar é estar doente dos olhos” e outro que apenas faz isso….É realmente estranho! Juntando a isto o facto de não ser grande apreciadora de poesia, tudo piorava.
            Porém, digo-vos, depois de começar a estudar lírica Pessoana estou a gostar bastante. Claro, não morro de amores, mas comparado ao que antes gostava, foi um grande avanço. Não vou começar a comprar livros de poesia, mas não dispenso uma vista de olhos ao meu livro de português. Sabem o que disse eu a uma colega na semana passada? “Pessoa é um génio!”. Passar de maluco a génio ainda vai muita coisa…ou talvez nem tanta assim!
            Mas além de Fernando Pessoa, tenho conhecido gente que escrevem poemas incríveis e que, ao serem lidos, fazem realmente bem à alma.
            Parabéns a todos os poetas que têm esse dom magnífico! Infelizmente, nunca fui dotada para tal… Deixo aqui apenas um poema de Pessoa, digamos, Alberto Caeiro, que gostei bastante:
 
IX
Sou um guardador de rebanho.
O rebanho é os meus pensamentos
E os meus pensamentos são todos sensações.
Penso com os olhos e com os ouvidos
E com as mãos e os pés
E com o nariz e a boca.
 
Pensar uma flor é vê-la e cheirá-la
E comer um fruto é saber-lhe o sentido.
 
Por isso quando num dia de calor
Me sinto triste de gozá-lo tanto,
E me deito ao comprido na erva,
E fecho os olhos quentes,
Sinto o meu corpo deitado na realidade,
Sei a verdade e sou feliz.
 
 Alberto Caeiro
 
 
 * heterónimo: nome imaginário com que um autor assina a sua obra, atribuindo a esse autor imaginário características individuais diferentes das do verdadeiro sutor, ou seja, criando um outro "eu"".
 

Autoria e outros dados (tags, etc)


Comentários recentes

  • cricri

    Obrigada!Tenho de me voltar a dedicar um pouco mai...

  • sol

    Encontrei o teu blog por acaso e gostei muito !Seg...

  • cricri

    Muito obrigada! Umas felizes festas!

  • Teresa

    Feliz Natal e parabéns pelo destaque :)

  • rvqgmccjoqk

    RvGZjH <a href=\"http://msepxzxnvpqg.com/...



Posts mais comentados