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O merecido descanso

Sábado, 16.08.08

 

Estas férias estão um pouco longe de ser o que eu idealizara há algum tempo atrás. Mas até que não me posso queixar muito, as anteriores foram piores…
Depois de quase um mês de exames, em Junho, julgo que nem eu nem os meus colegas conseguíamos acreditar quando ficámos, finalmente, de férias! Iniciámo-las com um jantar de despedida e uma noite fabulosa. E no dia seguinte, como já tanto esperava, regressei a casa. Soube-me maravilhosamente bem! Apesar de tudo, estar aqui, transmite-me um sentimento de segurança único. Afinal de contas: “lar, doce lar”.
No início de Julho fiz o que já havia combinado havia algum tempo, viajar até Madrid. Fui com duas amigas, mas apenas por 3 dias, por isso não deu para visitar tudo o que gostaria, mas bastou para ficar a gostar ainda mais daquela cidade! A minha curta visita em Setembro passado havia-me deixado uma óptima impressão daquela capital, e esta viagem reforçou-a.
Deu então para
dar uma voltinha a pé pela cidade, passear no Parque del Retiro – belíssimo, em pleno coração da cidade (aliás, acho Madrid uma capital muito saudável, limpa, com imensos espaços verdes) 
visitar o Museo del Prado (onde consegui ver o Las Meninas de Velázquez: queria vê-lo a todo o custo porque tinha lido “O Último Papa” na semana anterior, e aquele era o cenário de um dos assassinatos que acontecia no livro),
passar um dia no Parque Warner Bros (como já esperava, foi absolutamente fantástico) e por fim visitar a Bodies the Exhibition – já queria muito tê-la visitado quando estivera em Lisboa. Como não deu, resolvi ir a Madrid. Mas acabou por não se revelar assim tão entusiasmante... Aconselho a todos que possam visitá-la mas a maioria do que vi, já havia visto nas aulas de anatomia. Embora seja sempre enriquecedor, sem dúvida!
Depois dessa viagem, seguiu-se uma cirurgia: coisa pequena (extracção dos 2 dentes inferiores do siso) mas que me valeu 3 noites a dormir no hospital .. Acabou por se revelar, digamos… interessante! Pude visitar o bloco operatório por dentro, sentir os efeitos de uma anestesia geral (extremamente curiosos!!), observar o trabalho dos diferentes profissionais de saúde, e fiquei com uma companhia que me permitiu conversas bem agradáveis!
E, no início deste mês, fui à Covilhã. Por ser a terra natal da minha mãe e não ir lá havia algum tempo… Não conhecia a cidade em si, mas graças a um amigo, que se transformou momentaneamente em guia turístico pessoal, pude passear por alguns locais da “cidade neve”. Fiquei quase chocada com a inclinação das ruas (estando habituada a cidades quase plana) e ainda mais com a facilidade com que os habitantes as percorrem! Mas a cidade é linda, assim como a sua zona envolvente e as magníficas vistas. Estive no “Serra Shopping” (nunca esperei que uma cidade do interior tivesse assim um centro comercial), vi as novas piscinas que fazem ondas, e estive algum tempo no magnífico Jardim do Lago, muito agradável e com um lago cheio de peixes vermelhos, patos e alguns cisnes, que adoro.
Depois do regresso, apenas me voltei a ausentar de casa anteontem. Fui até ao Minho, a um casamento que, para mim, foi a festa do ano! Um casamento que acho difícil ser superado na organização, animação e beleza do local. Festejou-se numa quinta com um solar e em poucas festas me consegui divertir da mesma forma; ter direito a dança do ventre, animação para as crianças com palhaços tradicionais, e outros em andas ao som de Bob Sinclair, rancho folclórico, danças ciganas, sevilhanas, fado, valsa, música popular e tradicional de todas as festas, música clássica de cada vez que os garçons, impecavelmente trajados, se dirigiam em fila indiana para servir a refeição à diferentes mesas, passadeira vermelha, fogo-de-artifício junto à piscina,… uma celebração sem igual!
Entretanto pude por a minha leitura em dia. Havia imensos livros que desejava, há imenso tempo, ler.
Li “O Círculo do Medo” de Sandra Carvalho ainda em Maio
e agora em férias, “O Códex 632”de José Rodrigues dos Santos,
O Ultimo Papa” de Luís Miguel Rocha,
e por fim “A Filha da Floresta – Sevenwaters I” de Juliet Marillier.
Penso começar hoje “O Filho das Sombras – Sevenwaters II” da mesma autora.
Adorei os dois últimos livros, e aconselho vivamente!
 
Espero que também vocês guardem boas recordações destas férias! E que corram pelo melhor!
 

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Harry Potter and the Deathly Hallows

Quinta-feira, 09.08.07
(atenção: o texto seguinte não contém spoilers, apenas uma análise e dissertação sobre o livro)
Já deveria ter escrito antes este post mas não houve oportunidade. Isto de andar em férias nem, sempre significa não fazer nada. Pode ser assim o mês de Julho (não no caso deste ano) mas em Agosto, e quando a cidade está cheia de gente e chega a família, torna-se complicado.
Entretanto, a semana passada, pude, finalmente, dedicar-me à leitura. Enfim, após 6 anos de espera – o último volume de Harry Potter: “Harry Potter and the Deathly Hallows”
Até me custava a acreditar: “chegou ao fim?”
Inicialmente tinha-me decidido a esperar pelo lançamento do livro em Português mas começei a ficar bastante ansiosa e decidi comprar na língua original. Em primeiro lugar, porque tinha a certeza que iria descobrir o final antes de ler – o que é muito desagradável, principalmente no que toca ao verdadeiro final – tal como aconteceu saber a morte de uma personagem em “Harry Potter e o Príncipe Misterioso”. Em segundo lugar, já tinha falado com mais gente que havia começado a ler o livro e que não estava a achar nada complicado. Além disso eu já lera uma grande parte de “Harry Potter and the Philosopher’s Stone” sem problemas, ao que resolvi arriscar. O maior receio era ler um livro com 600 páginas numa língua estrangeira, mas pensei que nem que levasse o mês de Agosto inteiro para ler com calma e assim entender tudo, preferia fazê-lo a ter de esperar por Outubro/Novembro para ler em português.
O receio da língua acabou por se revelar infundamentado. Não encontrei nenhuma situação incompreensível ou complicada. Aconteceu, por vezes, não compreender determinada palavra (mais frequente nas descrições) e nem sequer ir ver ao dicionário – é chato ter de fechar o livro, procurar no dicionário, voltar ao livro, voltar a fazer uma pausa, dicionário, livro, etc – Claro que desta maneira ficava sem perceber o sentido completo da frase. Acontecia uma segunda vez não entender, mas normalmente à terceira deduzia o significado da palavra e ficava a entender. A nível da língua inglesa é bastante enriquecedor. A escrita é clara, compreensível...muito bom. Se ainda houvesse mais volumes da série, não hesitaria, de certeza, em voltar a ler me inglês no lançamento, em vez de ficar meses à espera.
Agora, gostaria de dar a minha opinião sobre o livro, o que não é fácil, visto ainda haver muita gente que não o leu. Mas não há spoilers, por isso, não se preocupem em ler. Eu também não gostaria que me fosse revelada a história antes de ter nas minhas mãos o livro e “ver” o momento com os meus próprios olhos .
“Harry Potter e as Relíquias da Morte”, título que faz todo o sentido após a leitura e que antes me era incompreensível, deverá ser o título português. Quando acabei de ler a última linha, do último capítulo…nem me consegui separar do livro. Fiquei uns momentos agarrada a ele recordando todos os livros, todas as aventuras de Harry, todos os bons momentos (e por vezes tristes) que passei com aquela história.
Apesar de esperar o contrário, antes de ler, o livro responde a todas as questões relacionadas com a história, além das surpresas que nos reserva. Claro que para os fãs há sempre coisas mínimas que ficam por saber e como disse a própria JK Rowling numa entrevista, “há fãs que nem descansam enquanto não souberem o nome do meio do trisavô do Harry”. Pessoalmente, fiquei satisfeita com as informações que nos são dadas e julgo que está lá o essencial e até um pouco mais.
A história surpreendeu-me me vários aspectos: os acontecimentos e as próprias personagens. É um livro diferente dos anteriores mas para mim, o melhor de todos. O que não significa que deixa de ser um livro triste. Eu achei-o bastante e em dois momentos fiquei com os olhos rasos de água. A história é cheia de acção, o que acho que a maioria já espera mas lindíssima. Como sempre, muito original ao estilo JKR e com um óptimo factor: entende-se o porquê de todos os acontecimentos. Todos os porquês são respondidos e as surpresas chegam até nós sem parar. Claro que não falta o humor a que já nos habituámos em cada livro de Harry Potter.
Trinta e seis capítulos, e mais alguma coisa, de pura magia - fantásticos.
Se alguém já tiver lido e queira comentar, está à vontade, apenas peço, por favor, que no início dos comentários coloquem o aviso de SPOILER, evitando assim qualquer transtorno e respeitando as pessoas que ainda não leram.
Quem ainda não teve oportunidade de ler e vai esperar até à versão traduzida: boa espera, com paciência, mas vale a pena para ler esta história, fantástica.
Umas mágicas férias a todos!

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Petição "Harry Potter and the Deathly Hallows"

Quinta-feira, 28.06.07

A todos os fãs de "Harry Potter" pede-se que assinem a petição que visa ser dada a conhecer aos meios de comunicação social para que, assim, não seja revelado aos leitores o que se irá passar no livro. Todos temos esse direito, espero que a comunicação social assim o entenda. Julgo ter sido uma iniciativa do blog Harry Potter News, corrijam-se se tiver em erro. De qualquer forma não custa nada colaborar!

 

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por cricri às 22:11

Mitologia Nórdica

Sábado, 10.02.07
O fim-de-semana traz consigo uma certa apatia e preguiça. Estás tudo parado, a descansar, se bem que isso é bom! Penso como seria a vida sem fins-de-semana e férias! Pobres de nós – pelo menos agora habituados seria horrível serem-nos tirarem-nos.
Quando a livros ainda estou com Lágrimas do Sol e da Lua. Esta semana nem li e depois com este livro o ritmo abrandou um pouco, a história mudou e o fascínio pela saga desvaneceu-se….um pouquinho.
O mundo em que estas histórias acontecem é deslumbrante, do ponto de vista literário. Passa-se na Era Viking, em ilhas situadas a norte. Digo deslumbrante do ponto de vista literário porque, muitas vezes, imagino como era lindo viver ali, mas, se olharmos o lado real das coisas, tudo muda. Não se pode comparar o conforto e condições daquela época para a presente. E os valores que lá são retratados, a maneira de agir ( como na maioria dos livros ) são diferentes de como realmente eram. Mas é normal, é um livro e serve para, além de nos ensinar, fazer-nos sonhar.
 Uma das coisas que está de acordo com o que realmente se passou são as crenças pois é abordada a mitologia nórdica. Não é o único livro que o faz e, ultimamente, tem-se assistido a um crescente número de obras de fantasia que são nela baseadas, principalmente o que toca a elfos e anões.
A principal e das primeiras foi sem dúvida a obra de Tolkien, que engloba muitos dos seres que figuravam nas antigas crenças nórdicas e até os lugares em que se acreditava. Por exemplo, o termo Terra-Média, tão bem conhecido de O Senhor dos Anéis deriva de Midgard, do nórdico arcaico que, posteriormente, evoluiu para Middle Earth, no inglês actual. É que na mitologia nórdica acreditava-se que a terra tinha a forma de um disco plano. No centro do disco viviam os deuses, num local chamado Asgard, num subsolo existia Niflheim, a moradia dos mortos, e, no meio deles existia Midgard o mundo dos homens. Claro que além destes, existem muitos outros locais onde viviam gigantes, elfos luminosos, elfos escuros, anões, gigantes, etc.
Quem não se lembra dos Elfos e Anões? Gimli e Legolas de O Senhor dos Anéis, por exemplo. Cito esta obra por achar que é a mais rica e mais fiel a estas crenças.
Acho, principalmente os elfos uma raça admirável. Em algumas outras obras literárias foram um pouco deturpados e assemelhados aos humanos (assim é em Eragon, do meu ponto de vista) mas em Tolkien os elfos são quase deuses! Etéreos, com milhares de anos, sábios, misteriosos. Extraordinários! A mim fascinam-me.
Acabei de saber que, uma das personagens de O Silmarillion, e que foi referida em outras obras do autor, a elfo Lúthien, era baseada na esposa de J.R.R.Tolkien – Edith. Aliás, na sua lápide, por baixo do seu nome, está gravado o nome élfico. Uma bonita homenagem.
Penso que não só eu mas todos os leitores de literatura fantástica são fascinados por este mundo, aliás todos nós temos um pouco de celtas. Outro povo que também adoro, se bem que seja mais género Asterix Nem só: n' A Saga das Pedras Mágicas coexiste a cultura Viking com a Celta. Os últimos fascinam-me com os ensinamentos, os druidas, aquelas festas pagãs de culto e contacto com a Natureza… Acho lindo. Pensar que eles já aqui viveram. Os Celtas, com os Iberos. Mais tarde os Celtiberos, Lusitanos e depois de muitas gerações e com Mouros à mistura cá estamos nós, os Portuguses em frente a uma máquina do século XXI, computador. Não acham mais interessante aquele mundo perdido? Eu sim.
Adoraria falar-vos mais sobre os deuses nórdicos tal como os gregos, mas o meu conhecimento é um pouco limitado na cultura nórdica. Ficam aqui a lista dos principais deuses:
  • Aegir, deus do mar
  • Alfadur, o deus supremo (relacionado com Odin. Correspondente a Zeus)
  • Balder, deusa da justiça
  • Bragi, deus da sabedoria e da poesia
  • Forseti, deus da meditação e do conhecimento interior
  • Frey, deus da fertilidade (irmão de Freya)
  • Freya, deusa do amor, da beleza, da atracção, das flores, etc.
  • Frigga, deusa da fertilidade, da união, da família, amor
  • Iduna, deusa da poesia
  • Loki, deus dos truques, da magia (associado a ladrões)
  • Ran, deusa do submundo, dos elfos escuros e dos mortos
  • Saga, deusa das próprias sagas – histórias e poesias
  • Thor, deus do trovão
  • Tyr, deus do combate, da luz, do céu
Penso que já dá para ter uma ideia das divindades adoradas. Há mais além destas, algumas repetem-se, visto que há vários deuses do mar, da justiça, mas foi a forma que os povos nórdicos encontraram de prestarem o seu culto, e muito rico por sinal.
 
Resto de um excelente fim-de-semana e que os deuses vos protejam!

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Dias atarefados

Quarta-feira, 31.01.07
Desculpem, desculpem, desculpem, desculpem, desculpem!!!! Eu disse que não tornava a acontecer ficar tanto tempo sem escrever, mas esta última semana foi mesmo passada a correr… Passo a explicar: os testes chegaram, comprei a continuação da minha favorita e mais recente colecção, tenho um projecto a desenvolver para a disciplina de Área de Projecto…ou seja, nem imaginam como tenho andado: sem tempo para nada.
Quanto à neve… Ela bem que foi anunciada, mas naqueles dias de euforia não vi nem um “floquinho” a cair do céu – Apesar de a anunciarem, não chegou a nevar. Apenas as serras em redor é que ficaram cobertas de branco. Já serviu para, durante as aulas, espreitarmos pelas janelas – visto que a minha escola fica num local que dá para avistar os campos em redor, além de na cidade se avistar o campo, sem dificuldade.
Porém, sempre tive a minha recompensa: Segunda-feira de manhã, quando abri a janela do meu quarto estava a nevar!!!! Claro, não foi nenhum nevão, nem sequer chegou a fixar-se no chão, mas pelo menos nevou, e formavam-se pequenos cristais nas superfícies. Foi um bom motivo para eu começar maravilhosamente bem o dia! Mas era mesmo pouquinho e por volta do meio-dia já parara. Não voltou mais.
Contudo neva muitas vezes em Fevereiro e, para mim, a esperança é sempre a última a morrer. Veremos (façam figas!!  )
Entretanto, o meu fim-de-semana foi passado a ler, quase. Comprei, finalmente, “O Guerreiro Lobo” e “Lágrimas do Sol e da Lua”, pertencentes à “Saga das Pedras Mágicas” de Sandra Carvalho. Já lera “A Última Feiticeira”, que me levara a incluí-lo na lista dos meus livros favoritos. “O Guerreiro Lobo” não foi excepção. Não vou contar a história e estragar a surpresa da descoberta, mas acreditem, que é um livro fascinante. Tal como o antecessor, é um livro que transmite imensas sensações, como se nós próprios estivéssemos na pele da personagem principal, Catelyn. Não sei de qual gostei mais, se “A Última Feiticeira” ou “O Guerreiro Lobo” mas confesso que, no final, li  a última página com os olhos húmidos…estive quase a chorar. Pareceu-me uma despedida, e é-o de certa forma. Já me acontecera em Harry Potter, na morte de algumas personagens bem queridas. Principalmente em “O Prícipe Misterioso”, aquela morte apanhoume desprevenida e o meu pai encontrou-me no quarto a chorar feita Madalena arrependida e agarrada ao livro! Só para imaginarem como me tocam. Mas tenho a ceerteza que não sou a única.
Bem, este é um livro lindo, que recomendo vivamente.
Agora comecei “Lágrimas do Sol e da Lua”. Ainda estou no início, até porque com aulas se torna mais complicado ler – e só o posso fazer à noite. Quanto a este livro, ainda não posso dizer muito, mas não creio que me cative tanto como os dois primeiros. Pode ser apenas uma sensação inicial mas as personagens principais mudam, e é difícil, para mim, desapegar-me de personagens que se conheciam tão intimamente nos outros livros e que me eram tão queridas. Muita coisa se altera, mas está a cativar-me aos poucos., é que inicialmente pensei que não gostaria mesmo.
Bem, no final darei o meu parecer. E espero não demorar tanto a postar de novo. Desculpem mais uma vez, mas há alturas em que eu bem queria sentar-me aqui e escrever alguma coisa, mas é impossível…
Fiquem bem e até breve!

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Poesia

Sábado, 04.11.06
Aviso, desde já, que este lado não tem andado muito inspirado nos últimos dias… Realmente a chuva e o céu nublado fazem-me mal! Quanto não vale, para mim, ver um belo dia de sol em todo o seu esplendor? Mas bem…também é preciso Inverno, frio e claro: neve, que eu tanto gosto!
           
Como é algo que tem andado a rodear-me nos últimos dias, resolvi escrever este post sobre poesia.
                 Nesta fase encontro-me a estudar Fernando Pessoa , ortónimo e heterónimos – Alberto Caeiro, Ricardo Reis e Álvaro de Campos .
            No início, quando comecei a estudar e ouvir falar nos heterónimos de Fernando Pessoa, pensei para comigo: “Ele devia era ser maluco!” – Uma frase impensada, claro! Mas pensar em alguém que inventa personagens e escreve como que incorporando-as (bem diferente de um pseudónimo, sendo pseudónimo apenas o nome falso e heterónimo um outro “eu”), em que uma vez, um que gosta do campo e outro gosta de máquinas; um que acha que “pensar é estar doente dos olhos” e outro que apenas faz isso….É realmente estranho! Juntando a isto o facto de não ser grande apreciadora de poesia, tudo piorava.
            Porém, digo-vos, depois de começar a estudar lírica Pessoana estou a gostar bastante. Claro, não morro de amores, mas comparado ao que antes gostava, foi um grande avanço. Não vou começar a comprar livros de poesia, mas não dispenso uma vista de olhos ao meu livro de português. Sabem o que disse eu a uma colega na semana passada? “Pessoa é um génio!”. Passar de maluco a génio ainda vai muita coisa…ou talvez nem tanta assim!
            Mas além de Fernando Pessoa, tenho conhecido gente que escrevem poemas incríveis e que, ao serem lidos, fazem realmente bem à alma.
            Parabéns a todos os poetas que têm esse dom magnífico! Infelizmente, nunca fui dotada para tal… Deixo aqui apenas um poema de Pessoa, digamos, Alberto Caeiro, que gostei bastante:
 
IX
Sou um guardador de rebanho.
O rebanho é os meus pensamentos
E os meus pensamentos são todos sensações.
Penso com os olhos e com os ouvidos
E com as mãos e os pés
E com o nariz e a boca.
 
Pensar uma flor é vê-la e cheirá-la
E comer um fruto é saber-lhe o sentido.
 
Por isso quando num dia de calor
Me sinto triste de gozá-lo tanto,
E me deito ao comprido na erva,
E fecho os olhos quentes,
Sinto o meu corpo deitado na realidade,
Sei a verdade e sou feliz.
 
 Alberto Caeiro
 
 
 * heterónimo: nome imaginário com que um autor assina a sua obra, atribuindo a esse autor imaginário características individuais diferentes das do verdadeiro sutor, ou seja, criando um outro "eu"".
 

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O Ópio do Povo

Domingo, 15.10.06
          Certa vez, por volta do meu 7.º ano, li que a Religião era o Ópio do Povo. Bem, talvez tenha sido em tempos… Servia como consolo para o povo, mas era uma religião sufocante, ríspida e autoritária. Refiro-me mais aos finais do século XIX. Quem já leu “A Relíquia” ou “Os Maias” de Eça, com certeza se apercebeu disso. Dessa religião presente na “Titi” e no nas parentes do “Eusébiozinho”.    
            Se antes a religião católica era vista por muitos como a única saída, e o mais importante das suas vidas, hoje, penso que se está a chegar ao oposto.
            Quem está a ler este post não pense, por favor, que estou a fazer propaganda religiosa (detesto que mo façam, não o faço aos outros) ou que goste daquele tipo de catolicismo praticado há um século atrás… “A Relíquia” até me custou a ler devido a isso.  
            Mas é incrível como o número de cristãos (praticantes) tem vindo a diminuir, enquanto que muçulmanos é só ver a crescer! Só não consigo perceber uma coisa: na religião muçulmana é exigido uma série de sacrifícios e eles ainda assim, fazem-no (não entendam isto como uma crítica) e na religião católica, que é tão aberta (bem, também depende…conforme os papas…) há cada vez menos seguidores.
            Bem, esta reflexão toda porquê? Não sei se já repararam, sou católica (embora me interesse por todas as religiões – adoro aprender sobre cada uma delas – mas os meus pais são católicos, logo, eu também). E gosto da minha religião, excepto a Igreja – tenho sempre a sensação que é um bando de oportunistas em volta da religião. Admirava apenas João Paulo II, então agora, padres e gente parecida não me cativa muito. Mas como sou praticante, e tenho os sacramentos, convidaram-me para ser catequista. Já havia dado catequese há dois anos atrás e agora voltei a aceitar.
            Fiquei com boas recordações do ano que dei catequese. Fiquei com o 1.º ano, e tinha como objectivo ensinar as crianças a verem Jesus como um amigo, como alguém que está pronto a dar-lhes a mão e a criança ter os primeiros contactos com a religião. Foi muito bom, é preciso uma paciência tremenda, mas o resultado é compensatório. Além disso há a oportunidade de começar a desenvolver os bons aspectos morais nas crianças – e isso é que faz falta no dia de hoje. Gente com moral.
            Este ano fiquei com o 2.º ano de catequese (é preferível pois já sabem ler e dá para fazer uma catequese mais interactiva com jogos, cartazes, colagens…), são à volta de 20 crianças, um bom número. Há dois anos tive 32 crianças! Nesse aspecto foi horrível! Estão a imaginar, com 15 anos, ter que tomar conta de 32 crianças sozinha? Nem sabia para que lado me havia de virar!
            Mas depois deste discurso, onde que queria chegar é o seguinte: até ao 3º ano de catequese, o número médio de crianças, por cada ano é aproximadamente 25. A partir do 3.º ano, o número baixa talvez para 10. Uma grande diferença. Isto tudo porque no 3.º ano se faz a Primeira Comunhão. O problema é que os pais (a maioria) levam as crianças à catequese só para poderem fazer uma grande festa e comprar aqueles fatos todos bonitos às crianças. Tanto lhes faz se aprendem ou não. O que interessa é que a festa corre bem! Ora, festas podem fazê-las todos os dias, para quê mandar uma criança à catequese e depois de fazer a Comunhão não a deixar mais ir?  Agora lembrei-me de uma frase de Jesus: “Deixai vir a mim as criancinhas pois delas é o Reino dos Céus.”
Às vezes os pais são ainda mais inconscientes do que as crianças…
 
Bem, obrigada por me aturarem, e espero que não tenham ficado com uma má impressão minha…

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Eragon

Quarta-feira, 27.09.06
           Como aqui me foi pedido, resolvi escrever sobre o que achei de “Eragon”. Posso dizer que adorei, achei soberbo! Ainda mais pensando que aquele livro foi começado a escreve por um rapaz de quinze anos!
            Durante o livro reparei que há várias semelhanças com as obras de Tolkien, nomeadamente a trilogia d’ “O Senhor dos Anéis”. Isso verifica-se na linguagem (visto que Christopher Paolini também desenvolveu uma língua diferente); a existência de elfos, anões e  feiticeiros; a batalha de Trojeim (que me lembrou a passagem da Irmandade do anel por Mória e a Batalha de Elm’s Deep); os Urgals e os Kull ( lembraram-me, respectivamente, os Orcs e os Uruk-hai ); os Raa’zac (lembraram-me aquelas figuras negras – não me ocorre o nome -  que também tinham montadas voadoras -os antigos detentores doa anéis dos reis), a cicatriz de Eragon (assimilou-se à ferida do Frodo), Zar’roc (lembra a espada oferecida por Elrond a Aragorn), o amor por uma elfo (?) (amor de Aragorn/Arwen), etc…
            Mas, apesar de todas estas semelhanças adorei. Até porque “Eragon” está escrito de uma forma bem mais cativante que “O Senhor dos Anéis”.
            Já acabei o livro no fim-de-semana, mas não consegui escrever antes... O meu tempo passa a olhos vistos! Entretanto já comecei a ler “Eldest” que também estou a adorar!
            Uma das coisas que mais me cativou foi “Saphira”, o dragão. (É nestas alturas que me apetecia fazer parte de uma história.) Achei fantástico o dragão ter pensamentos, emoções e, sobretudo, personalidade como os humanos. Claro, gostei da personagem de “Eragon” mas também muito de “Brom”. Pesquisei sobre a Trilogia da Herança, e , numa entrevista christopher Paolini, dizia que ele ponderava a hipótese de escrever livro(s) sobre a história de “Brom”. (Eu apreciaria imenso). Mais uma vez a parecença com as obras de Tolkien, já que existem além d’ “O Senhor dos Anéis”, “O Hobbit”, “Histórias da Terra Médias (…)”, “O Silmarillion”, etc.
             Agradeço uma vez mais a quem me aconselhou este livro. Foi sem dúvida uma óptima compra e uma leitura fantástica. Por agora estou desejosa de avançar em “Eldest”…
 
Como diria “Arya”: “Atra esterní ono thelduin; Mor’ranr lífa unin hjarta onr; Un du evarínya ono varda.”
:)

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A Lenda Pessoal

Terça-feira, 15.08.06
Acabei hoje de ler “O Alquimista” o maior sucesso do escritor Paulo Coelho. O livro foi-me oferecido no fim-de-semana, mas apenas consegui terminá-lo hoje. Depois de acabar de ler fiquei completamente absorvida nas suas ideias, por isso, este post tinha que falar disso mesmo.
           
Já tinha ouvido falar em Paulo Coelho, mas nunca lera comentários aos livros, ou alguma coisa sobre eles. Ouvira também falar d’ “O Alquimista”, porém nunca tivera a oportunidade de o ler. Hoje pergunto-me “Porque é que nunca o fiz antes?”. O assunto deste post pode parecer repetido, já que escrevi algumas coisas parecidas no post “Sonhos e felicidade”, mas tinha que partilhar com vocês, leitores do meu blog, esta sensação.
Quem já leu “O Alquimista” e sentiu o que ele transmitia, compreende-me perfeitamente. Para quem ainda não leu, posso dizer que é um livro que fala da nossa Lenda Pessoal, dos nossos sonhos, da maneira como encarar a vida, de alquimia, da “descoberta de si próprio e a riqueza da alma humana”. Como está escrito no meu livro “O Alquimista recria um símbolo intemporal que nos recorda a importância de seguir os nossos sonhos e ouvir a voz do coração.”
Quem costuma visitar este espaço, nãos sei se já se apercebeu, mas sou uma criatura muito sonhadora. Desde mais nova que acredito e tento seguir os meus sonhos, porque sem eles a nossa vida não tem fundamento. Bem, não quero parecer egocêntrica, mas vou falar um pouco de mim… Sou católica praticante, (Saliente-se que estou a falar de mim e não quero atingir ninguém de outro credo até porque respeito todas as religiões além de me interessar por todas elas…) apesar de divergir em alguns pontos, nas opiniões da igreja. Penso que a religião se está a tornar um negócio e que as pessoas não a vivem correctamente. Não é só por dizer: “acredito em Deus”, ou ir à missa todos os domingos que alguém é católico. Penso que é preciso sentir Deus, sentir o mundo, que é a obra dele (atenção que sou totalmente a favor da teoria do Big Bang) e seguir o nosso coração, que raramente erra…
 O livro fala um pouco disso. Sentir os sinais, falar a Linguagem do Mundo. Eu adoro a natureza. Pode parecer um pouco lunático, mas quando era mais pequena tentava falar com o vento (que acontece também no livro), apesar de não surtir nenhum efeito. Sempre tentei estar ligada à natureza e penso que acreditar em Deus também é isso. Penso que todos acreditamos que alguma força criou a natureza, o mundo. Não sei que força é essa, mas é ela que temos que respeitar, e é com ela que devemos estar em comunhão.
            Este post acabou também um pouco por fugir ao tema, queria falar um pouco sobre o livro, mas talvez O Crítico se encarregue disso daqui a algum tempo…
            Quero só deixar aqui um excerto do livro. Fala do amor que eu acredito muito por ser uma super romântica. Desculpem o tamanho do post, e desculpem se alguém ficou magoado com alguma coisa a respeito da religião, são apenas uma simples ideias minhas...     
            Leiam o seguinte excerto e mergulhem na magia do livro:
“Então foi como se o tempo parasse, e a Alma do Mundo surgisse com toda a força diante do rapaz. Quando ele olhou os seus olhos negros, os seus lábios indecisos entre um sorriso e o silêncio, compreendeu a parte mais importante e mais sabia da Linguagem que o mundo falava, e que todas as pessoas da terra eram capazes de escutar nos seus corações. E isso era chamado Amor, uma coisa mais antiga que os homens e que o próprio deserto, e que, no entanto, ressurgia sempre com a mesma força onde quer que dois pares de olhos se cruzassem como se cruzaram aqueles dois pares de olhos diante de um poço. Os lábios finalmente resolveram dar um sorriso, e aquilo era um sinal, o sinal que eles esperou sem saber durante tanto tempo na sua vida, que tinha buscado nas ovelhas e nos livros, nos cristais e no silêncio do deserto.
            Ali estava a pura linguagem do mundo, sem explicações, porque o Universo não precisava de explicações para continuar o seu caminho no espaço sem fim. Tudo o que o rapaz entendia naquele momento era que estava diante da mulher da sua vida e, sem nenhuma necessidade de palavras, ela devia saber disso também. Tinha mais a certeza disso do que qualquer outra coisa no mundo, mesmo que seus pais, e os pais de seus pais dissessem que era preciso namorar, noivar, conhecer a pessoa e ter dinheiro antes de casar. Quem dizia isso talvez nunca tivesse conhecido a Linguagem Universal, porque quando se mergulha nela é fácil entender que existe sempre no mundo uma pessoa que espera a outra, seja no meio de um deserto ou no meio das grandes cidades. E quando estas pessoas se cruzam, e os seus olhos se encontram, todo o passado e todo o futuro perdem qualquer importância, e só existe aquele momento, e aquela certeza incrível de que todas as coisas debaixo do Sol foram escritas pela mesma Mão. A Mão que desperta o Amor, e que fez uma alma gémea para cada pessoa que trabalha, descansa, e busca tesouros debaixo do Sol. Porque sem isto não haveria qualquer sentido para os sonhos da raça humana.”              in “O Alquimista”, Paulo Coelho

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"Accio" livros!

Terça-feira, 01.08.06
Sem quase mais nada para fazer nestas férias, resolvi rededicar-me à leitura. Sim, rededicar-me, pois neste ultimos meses cheios de stress, e tudo o mais, os livros têm ficado num 2. ° plano muito afastado da minha vida… Mas tudo regresosu ao normal. Nestas férias em França trouxe apenas 3 livros comigo : « Harry Potter e o Principe Misterioso », « Os Maias » e “Memorial do Convento ». Apenas li um e claro, aquele aue mais me agrada : Harry Potter;
            XDesde os meus 11anos que sou uma grande fã, ainda nem se ouvia falar dos filmes. Não sou daquelas fãs histéricas nem nunca coleccionei cromos, comprei varinhas de imitação ; ou colei os posters dos actores no meu quarto. Até porque nem sou grande apreciadora dos filmes… Acho-os muito…como dizer… « insonsos » talvez… comparados com o livro. Não captam a sua essência. Porém, adoro os livros. São o exemplo de livro que nos faz sonhar e nos leva bem para longe de onde nos encontramos. E isto que aprecio num livro. Não sou muito adepta de leitura realista (excluem-se o « Os Maias », até porque não me parece que a realidade seja muito interessante, visto que convivemos todos os dias com ela…Ou assim julgamos…bem, não vou entrar para o campo da filosofia !
Como nestes dias tenho andado às voltas com o Harry Potter, este post so poderia falar dele. Até porque o meu problema quando começo a ler um desses livros é que fico sempre a pensar na historia até que o efeito passe…48 horas depois.
            De qualquer forma, ( desculpem-me agora os visitantes que ainda não tenham entrado no universo de Harry Potter, ou simplesmente não apreciem) depois de ter prestado mais atenção a alguns pormenores ; continuo a matutar numas questões « deixadas » no final do livro : Quem sera R.A.B ? E quais são os horcruxes ?
            Apesar de ja ter lido muita coisa na internet a esse respeito, a duvida paira sempre no ar… Depois, vem a vontade de tentar descobrir o final, traçar estratagemas, fazer ligações, ler e reler os livros à procura de pistas ocultas…bem, uma loucura ! O problema é que tudo isto acabara, em principio, no proximo ano ; em que esta previsto o lançamento do ultimo livro…
            Bem, agora que ja desabafei um pouco sobre o Harry Potter, espero que passe rapido esta euforia para que possa retomar a leitura do « Memorial »… Embora saiba que mal chegue a Portugal, continue a analisar a colecção… Mas a vida de um fã é assim !
 
Boas férias a todos e boas leituras !!!

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